domingo, 22 de fevereiro de 2009

Contato!

Msn: guilhermecamargo_1992@hotmail.com

Banda Magnus !!!

É uma banda criada na metade da terceira aventura (Magnus-Nosso Mundo), é uma banda amadora, que passa a ser séria quando se torna internacionalmente conhecida e venerada.

Componentes:
Caroline: vocalista principal
Rebecca e Gabriela: vocalistas secundarias
Bruno e Gustavo: vocalistas terciarios
Natália: vocalista e guitarrista
Paula: vocalista e tecladista
Helôise: baixista
Jony: baterista

Fama:
Eles alcançam a fama com a banda e conseguem fâns pelo mundo todo, sendo venerados e amados. Mas a tal pergunta! A banda acaba um dia? Eu tenho essa resposta, mas não irei contar, para descobrirem acompanhem a história! E sonhem com aventura. ^^


Capitulos de Magnus - País dos Sonhos

1

Luz

Era um dia normal de verão, assim como tantos outros para Bruno, um aluno do segundo ano do ensino médio da cidade de São Paulo, Brasil. Ele tinha estatura mediana, tinha o corpo bem definido, pois fazia academia todos os dias e participava de competições de natação pelo colégio, cabelos castanhos escuros com um topete que ele insistia em usar, que para sua mãe era a coisa mais ridícula do mundo e para ele ela não sabia nada de “estilo”, olhos castanhos claros, pele clara e adorava sua vida e seus amigos e em especial uma garota da sua sala, chamada Rebecca (a qual todos a chamava de “Becca”), uma garota um pouco menor que ele, com os cabelos negros um pouco ondulados, olhos castanhos escuros e de pele morena , a qual só o aceitava como amigo, enquanto ele não sabia se estava apaixonado por ela ou apenas encantado com sua beleza que era digna de Deuses. Ela participava de um grupo de amigas que para ela eram as melhores: Gabriela (ou Gabi) uma garota de cabelos negros também ondulados e com umas mechas loiras, sempre usava um enorme rabo de cavalo que começava da parte superior da cabeça e sempre colocava duas mechas de cabelos que ficavam no canto do rosto, olhos pretos como um carvão e a pele branca (quase uma branca de neve), Caroline (ou Carol) tinha os cabelos liso e prateado quase branco como a luz do luar, olhos verdes e também a pele branquíssima como uma porcelana, Natalia (ou Nati) seu cabelo era num tom que diria ser um castanho claro e também liso como o de Caroline, seus olhos eram castanhos escuros e tinha a pele quase tão branca como à de Gabriela, e a ultima era Paula, a maior das meninas, tinha o cabelo um tanto quanto ondulado e loiro como o de Natalia, os olhos eram castanhos escuros e a sua pele era também clara, todas eram como se diz “em forma” em relação ao corpo, elas eram do time titular de voleibol, somente Paula que era da reserva.

A escola de Bruno era gigantesca, com varias quadras de esporte (uma para cada tipo de esporte – vôlei, futebol, basquete, handebol, etc.), na escola existiam vários blocos de estudo e em cada bloco três aulas diferentes aconteciam (no bloco A, era matemática, português e inglês. no bloco B história, geografia e química. etc.), existia um bloco que era só para lanche onde Bruno passava o maior tempo possível para não olhar para a beleza de Becca e onde ele se distraia com seus amigos falando sobre jogos, filmes, jogando um truco de vez em quando, mas é no bloco central do colégio (bloco A.1) que começa a nossa historia, lá era um bloco somente para os armários dos alunos onde poderiam colocar seus pertences e livros sem precisar levar para a casa (não precisaria carregar peso).

Agora que já tem uma noção de como é o colégio e a garota da vida de Bruno vamos a nossa história.

Como eu disse estava um dia normal de verão assim como tantos outros, Bruno estava no bloco A.1 pegando o necessário para as próximas aulas que seriam de História com a professora Gisele, Geografia com o professor Daniel e química com uma professora a qual ele nunca conseguiu gravar o nome (Silmara),quando ele terminou de pegar os livros ele fechou seu armário e foi a caminho da porta para ir ao bloco B, mas ele avistou Becca mexendo no armário dela, ele foi até ela, para como ela dizia “perturbar sua vida”.

- Oi Becca! -Disse ele se encostando ao armário do lado do dela.

- Oi Bruno! -Ela respondeu, mas ainda continuou mexendo no armário.

- Ta difícil de encontrar os livros certos?

- É que não estou achando meu livro de química!

- Será porque a professora levou pra casa dela pra corrigir!

- Há é verdade, e eu me batendo aqui pra achar, achei que tinha perdido. Obrigada Bru!

- De nada boneca! -Quando ele disse isso, Becca olhou com uma cara de assustada e ao mesmo tempo surpreendida. - Então agora que pegou todo o necessário será que posso ir com você ate o bloco?

- E vai adiantar eu dizer não? -Ela respondeu fechando o armário.

- É... Deixa eu pensar! -Ele ergueu a cabeça como alguém que esta mesmo pensando em alguma coisa. - Não.

- Então vamos. -Disse ela com um sorrisinho na cara.

Assim os dois caminharam para a porta falando sobre os professores, sobre as provas que estão por vir e outros assuntos escolares, quando chegaram a um local a frente da porta (ligava três corredores, era como se fosse o fim dos corredores para sair pra fora, eles estavam no corredor direito a porta) eles avistaram vindo do corredor que era à frente a porta as quatro amigas de Becca (Gabi, Carol, Nati e Paula) que tinham ido ao banheiro pra arrumarem o cabelo, passar batom, enfim fazer coisas de meninas que somente as meninas entendem. Para Bruno isso era o fim, pois para ele ficar sozinho com Becca era como estar numa ilha deserta só os dois, mas quando ela estava com as amigas era como o inferno, porque ela nem dava atenção a ele, ele nem tinha nada contra a Nati, Paula e muito menos com Carol (ela era com quem ele mais conversava), mas tinha tudo contra Gabi, pois pensava que ela colocava ‘minhocas na cabeça’ de Becca contra ele.

- Ei não era pra vocês já tarem na sala?-Perguntou Gabi com um ar que Bruno dizia “de superioridade”.

- É que eu tinha me esquecido que a professora Silmara tinha levado os livros de química pra casa, daí eu fiquei procurando até o Bruno me lembrar.

- Hum, mas e você Bruno o que está fazendo aqui ainda?-Perguntou Gabi novamente desta vez com ar de “detetive” como se ele tivesse cometido um crime.

- Eu?Nada, só fiquei esperando você passa pra tira uma foto da tua cara feia pra leva pros ratos lá de casa ir embora. -Respondeu Bruno com todo o tom de ignorância possível, o que fez Gabi fechar a cara, mas do que imediato para ele.

- Bruno, por que fala isso? -Perguntou Rebecca com uma cara de espanto.

- O que? -Ele respondeu como quem não fez nada.

- Vamos pessoal, a gente vai chega atrasado e vamos levar advertência! -Falou Caroline, ela sempre tentava acalmar as brigas de todo mundo, principalmente das amigas.

- Vamos, estamos perdendo tempo aqui. -Respondeu Gabriela.

E assim foram, as meninas na frente e o Bruno atrás com uma cara de preocupado pensando “porque fui dize aquilo para a Gabi? Agora a Becca ta brava comigo... Eu sou um burro mesmo”.

E assim ele foi pensando com a cabeça abaixada até a metade do caminho, quando chegou à metade do caminho ele olhou pro céu (lado direito dele) e viu uma coisa que nunca pensava que iria ver na vida.

- Ei, meninas olhem aquilo. Alertou as meninas com o dedo para a tal coisa no céu.

As meninas seguiram com os olhos para onde ele tava apontando e ficaram brancas (mais brancas do que a pele delas já eram).

- Mas o que é aquilo?-Perguntou Paula.

- Ai gente é só uma luz no céu, vai ver é uma estrela. -Disse Gabi sempre se achando a certa.

- Uma estrela em pleno dia, como você é inteligente Gabriela. -Respondeu com tom irônico Bruno.

- Vai vê é um avião, um satélite, sei lá, ai gente vamos. -Disse Nati.

- Não. Esperem. Olhem! -Gritou Becca.

- Meu Deus está se mexendo! -Exclamou Carol.

- Será que é um O.V.N. I! -Opinou Bruno.

- Nossa Bruno você ta vendo muito filme, pra acreditar em E.T! -Exclamou Gabi.

- Então senhora sabe tudo me explique o que é aquela luz se movimentando para todos os lados lá em cima. -Respondeu Bruno.

- E eu que vou saber?

- Pessoal ta vindo pra cá! -Disse apavorada Paula.

E era mesmo, a tal luz no céu estava ficando mais e mais perto ate que começou a rodar em volta deles, era uma luz gigantesca que os cobriram inteiros e dentro da luz tinha um vento muito forte que parecia que eles estavam em frente a um enorme ventilador.

- O que é isso? -Perguntou gritando Becca.

- Não faço a mínima idéia. -Respondeu Bruno.

- Cadê as meninas? -Perguntou Becca olhando para todo os lados e a única coisa que via era luz e mais luz, á é claro e o Bruno do seu lado.

- Será que somente nós entramos nessa luz?

- Eu não sei Bruno. Mas ta me dando sono em você não?

- Agora que você me disse, sim.

- Por que será?

- Não sei, mas, mas, mas...

- Bruno!-Gritou Becca. – Bru acorde, acorde, acor, aco, a...

Os dois caíram num sono tão profundo que nem se o céu caísse em cima deles eles acordavam.

2

As almas da floresta

Aos poucos Bruno foi abrindo os olhos, percebendo que o sol estava muito mais brilhante do que imaginava ao vê-lo a cinco, dez, quinze minutos atrás, ele não fazia idéia de quanto tempo se passava. Depois de olhar aquele sol brilhante, viu que estava deitado em cima de uma grama muito verde e macia que mais parecia um colchão, ele decidiu levantar, quando estava levantando percebeu uma enorme dor de cabeça, como se tivesse tomado umas boas latas de cerveja no dia anterior e por isso que estava ali naquele lugar (pois não saberia aonde iria por estar “bêbado"), numa floresta. E era mesmo, quando ele levantou, esqueceu a dor de cabeça, ele olhou em volta e começou a ver que estava no meio de uma floresta sem fim, mas que para ele pouco se importava, pois o lugar lhe trazia uma paz interior imensa, era uma floresta enorme e muito bonita, é aquele lugar perfeito para você fazer um piquenique com a pessoa amada, pois tinha a mais diversidade de espécies de árvores (pinheiros, eucaliptos, cactos...), uma cachoeira linda sob um rio de águas cristalinas onde dava para ver o fundo e ver as maravilhas que continha, peixes de diferentes tipos pequenos, grandes, coloridos, quase sem cor, enfim de tudo, aquele lugar dava a maior vontade de cair de cabeça e mergulhar com aqueles peixes e dar uma “volta” dentro daquele coral. Para ele e qualquer um que tivesse ali saberia que ali era com toda a certeza o paraíso, qualquer um podia viver ali, pelo menos era o que ele pensava ao ver toda aquela diversidade de arvores frutíferas (bananeiras, laranjeiras, abacateiros, limoeiros, mangueiras, entre muitas outras...) até que começou a pensar que estava morto e cada vez mais tinha certeza disso e o que mais o impressionava era que não se lembrara de nada, até que ele escutou uma voz conhecida.

- Bruno?Bruno, que bom que está aqui!Pensei que estava sonhando, não é um lugar formidável?

- Becca! É sim, um lugar maravilhoso, mas será que não estamos mortos?

- Claro que não seu bobo! Pelo menos eu acho. Mas olhe que lugar lindo!

- É lindo mesmo, qualquer um poderia viver aqui tranquilamente.

- Verdade!

- Becca!Se isso é um sonho, quer dizer que estamos no mesmo sonho!

-Um tempo depois dele falar isso. Ele sentiu um beliscão no braço. - Ai!

- É Bru, não é sonho, isso é verdade!

- Mas como é possível, não me lembro de ter vindo pra cá!

- Eu também não, na verdade eu não me lembro de nada.

- Eu só lembro a discussão que eu tive com a Gabi.

- É isso eu lembro, caramba! Bruno você não precisava dizer aquilo!

- Eu sei, me desculpe, estava com a cabeça quente.

- Tudo bem, alias não tem como ficar brava com ninguém com um lugar desses em volta de nós.

- O que a gente fez depois que saímos do bloco A.1?

- Eu lembro que a gente tava indo pra sala e você tava vindo logo atrás, ate que...

- Eu falei da luz. -Interrompeu Bruno todo animado.

- É! A luz no céu, daí ela venho para perto de nós.

- Sim, e depois começou a me dar sono... E não me lembro de mais nada.

- É! Em mim também me deu sono, só me lembro de acorda aqui e vê você olhando para o rio.

- Meu Deus, onde estamos?O que era aquela luz?

- Será que as meninas também vieram?

- Não creio nisso, lembra que dentro da luz você não viu ninguém alem de mim?

- É! Acho que somos só nós mesmos.

E assim ficaram um tempão conversando sobre a luz misteriosa que os trouxera para aquele lugar estranho, era o único assunto dos dois, eles imaginaram inúmeras coisas, desde fantasmas, magia, bruxaria e até novamente voltarem na possibilidade de serem “abduzidos por alienígenas”, não paravam nunca de fala sobre assunto, eles até pegaram umas frutas para comer, pois afinal uma hora ou outra daria fome e era impossível não agüentar a tentação de não comer aquelas frutas que pareciam que estavam ali somente para eles.

- Becca!

- O que Bruno?

- O que era aquela luz?

- Eu não sei Bruno, estamos aqui a não sei quanto tempo e não conseguimos descobrir uma solução lógica para tudo isso!

- Eu sei! Alguém me diga o que era aquilo? -Bruno gritou como um desesperado por uma pergunta. Mas muitas vezes o que pedimos realmente acontece e foi o que aconteceu ali, ele perguntou e a resposta chegou, mas da maneira menos esperada.

- Eu era a luz!-Respondeu uma voz.

- Você disse alguma coisa Rebecca?

- Não e você?

- Também não! Quem está ai?

- Eu! A Luz!

Os dois se entreolharam apavorados, pois mesmo que eles estivessem num lugar maravilhoso daqueles, eles estavam sozinhos e chegaram a imaginar naquele momento que era um serial killer que queria acabar com eles.

- Onde você está?-Perguntou Becca.

- Aqui. -A voz respondeu.

Os dois se abraçaram mais do que imediatamente, o que para Bruno foi à melhor coisa que podia acontecer, enquanto para Becca que estava apavorada não tinha percebido. Até agora.

- Não se preocupe Becca eu vou te defender!

Becca se assustou com a atitude de Bruno e percebeu que os dois estavam abraçados, ela parou de abraçar ele e o empurrou para uma arvore que estava atrás dele, nesse momento ela olhou para cima da mesma arvore e fico pálida como se estivesse visto um fantasma.

- Bruno! Não se mexa. Venha para cá, devagar!

- Por quê?

- Faça o que eu diz e venha!

Ele fez o que ela falou, foi o mais devagar possível para perto dela, quando chegou junto de Becca virou e olhou para a arvore, o que para ele foi à pior coisa que podia ter feito agora, ele também ficou branco que quase desmaiou, mas não chegou a tanto, eles se olharam e ele disse:

- Uma Leoa!

Becca fez que “sim” com a cabeça, pois na verdade, sim, era uma leoa, uma linda leoa que estava deitava graciosamente num dos galhos da arvore balançado a calda, ela tinha o pelo mais brilhante que se podia ver, se ela fosse um gato naquela hora tinha certeza de que Bruno e Becca teriam ido até ela para lhe fazer carinho.

- Calminha dona leoa, por favor, não devore a gente!Disse Bruno, que mais tremia do que uma vara verde.

- Quem disse que eu vou devorar vocês?-Respondeu a leoa.

- Ora é o que vocês felinos fazem. -Respondeu Becca que também estava tremendo. - Espera ai, você fala?

- Mas é claro que eu falo.

Nesse momento a Leoa ficou de pé em cima do galho como se tivesse ficado ofendida com o que Becca disse. Bruno pensando que ela ia pular em cima dos dois começou a se afastar de costas e de frente para as duas, até que ele encostou-se a uma coisa que para ele era viva, pois ele sentiu o ar quente sair da boca da coisa bater em suas costas e outra coisa que ele tinha certeza, era grande. Bruno virou-se para a tal coisa e novamente ficou branco como a neve e foi voltando para junto de Becca, quando Becca virou para ele também ficou branca ao ver aquele lindo Leão, que mesmo que para eles podia ser a morte não se podia negar que ele era lindo, era grande, tinha o pelo mais dourado e mais brilhante que o da leoa e sua juba era como se quando a olhasse a felicidade da pessoa mais amarga voltasse, à juba dele era tão brilhante que parecia que jogaram latas e mais latas de purpurina e gliter, resumindo, ele era lindo. No momento que o leão chegou à leoa pulou do galho para perto das crianças, era como se os dois estivesse cercando suas presas, o que para Bruno e Rebecca era o mesmo que o fim.

- Por favor, não nos mate.

- Não iremos matar ninguém Becca. -Respondeu a Leoa.

- Como você sabe o meu nome?

- Sabemos muito sobre vocês.

- Se vocês não querem nos matar, o que querem de nos?-Perguntou Bruno.

- Queremos que nos ajude a derrotar o mal que existe em nosso mundo. -Respondeu o Leão.

- E vamos ajudar como?Que mal?Onde estamos?Quem são vocês?-Perguntou Becca como uma louca.

- São muitas perguntas jovem donzela, mas iremos responder com o todo prazer, vamos começar pelas mais fácil. -Respondeu a Leoa.

- Qual?

- Quem somos e onde vocês estão!-Falou o Leão.

Por um minuto ouve um silencio horrível.

- E então?-Perguntou Becca.

- Está bem! -O Leão falou com um sorriso estampado na cara.

- Nós somos as duas das sete almas que protegem Magnus. -Falou a Leoa.

- Magnus?

- Magnus meu rapaz, é onde vocês estão. O mundo de Magnus é um mundo paralelo ao de vocês, onde tudo é mágico. -Continuou a Leoa.

- Legal, nem em casa nos estamos, e quem são as outras cinco almas?

- São quatro outros felinos Becca e o outro nos não sabemos ainda. -Respondeu o Leão.

- Mas vocês não podem acabar sozinhos com esse mal que existe aqui?-Perguntou Bruno.

- Vocês irão entender tudo quando nós contarmos a historia de Magnus. -Respondeu o Leão.

3

O inicio do pais de Magnus.

Os quatros sentaram em um tipo de circulo para ouvir a história de Magnus, quem contou a história foi o Leão.

“A milhares de anos em uma terra fora dos domínios de Magnus, existia um grande reino que foi atacado por um povo rival que queria o seu território, então os dois reinos entraram em conflito, perdendo o primeiro reino. O outro reino escravizou os sobreviventes, somente sete criaturas mágicas conseguiram escapar dos seus domínios (um centauro, um fauno, um elfo, uma ninfa, uma dríade, um dragão e um sábio macaco) e encontraram o refugio que precisavam aqui, numa terra que aparentava ser totalmente deserta, eles encontraram essa floresta, que na época era só deserto e decidiram que iam se reerguer aqui, mas aqui já existia uma criatura que se achava a dona de tudo, ela era maligna, totalmente do mal. Eles tiveram que usar seus poderes e sua força para conseguir derrotar a tal criatura do mal, até que conseguiram e a criatura foi obrigada a ser exilada em uma terra ao sul das terras de Magnus e ela jurou que voltaria para se vingar. Os sete fugitivos conseguiram se erguer aqui, o deserto virou florestas, as lacunas que existiam no chão com a chuva foram virando rios e os peixes de outros rios foram vindos para cá, assim como outros animais que também pararam por aqui... Por muito tempo essa terra foi prospera, do sul ao norte do leste ao oeste...”

- Mas e o outro reino?

- Bruno deixa o Leão terminar!

- Não se preocupe Rebecca. -Disse o Leão com uma risadinha!- Esse reino não existe mais, com o tempo os prisioneiros e até mesmo os moradores de lá escutavam sobre Magnus e viam fugidos de lá para morar aqui.

- E porque Magnus?-Perguntou Becca.

- Ah sim, no começo de tudo os sete fugitivos fizeram uma votação para saber quem seria o seu líder e foi decidido que o centauro Magnus era o mais apropriado para isso... -Começou o Leão.

-... E então ficou o pais de Magnus! -Interrompeu Bruno. – Mas e a tal criatura?

- Ela cumpriu com a promessa de vingança. -Começou a explicar o Leão. - Ela começou a juntar aliados para acabar com a felicidade dos que moravam em Magnus, e em pouco tempo ela já tinha o exercito necessário para por seu plano de vingança em ação e foi exatamente o que aconteceu, o povo de Magnus mais o povo da criatura entraram em outro conflito mortal, mas infelizmente o povo de Magnus perdeu a guerra tendo como conseqüência os que sobraram se esconderem em bosques que ficavam o mais afastado da criatura, desde então o mal jazia em Magnus. -Respondeu o Leão.

- Mas e Magnus não fez nada?

- Não minha querida, Magnus já havia morrido há muito tempo!-Exclamou o Leão.

- Mas se Magnus morreu, como que a criatura continuou viva?-Perguntou espantada Rebecca.

- Por uma magia que era e ainda é desconhecida para nós de Magnus.

- Mas então Leão, quer dizer que ela ainda está viva e é esse mal que vocês se referem?

- Não, ela não está mais viva Bruno, isto que eu contei aconteceu a milhares de anos foi tempo suficiente para que o poder que existia na criatura acabasse.

- Então não entendo, quem esta no poder agora?-Perguntou Becca.

- Umas criaturas que fazem parte do plano, chamados “Os Herdeiros”. -Respondeu a Leoa, depois de muito tempo calada.

- Herdeiros?-Perguntaram as duas crianças juntas.

- Sim, são criaturas da linhagem da primeira criatura, a única coisa que sabemos é que atualmente seis herdeiros estão no poder e tem um sétimo para chegar. -Continuou a explicar a Leoa.

- Então é contra a esse mal que vocês querem ajuda?

- Sim Becca.

- Mas Leoa, por que nós?-Perguntou Becca.

- Nós também temos os nossos herdeiros, os herdeiros das sete criaturas que deram vida a Magnus.

- E quem são Leoa?-Perguntou Bruno.

- São sete, eu e o Leão somos dois deles.

- Mas vocês não são as almas da florestas?

- Sim Bruno e é por isso que temos esse “titulo”, por sermos os herdeiros dos antepassados. -Respondeu a Leoa.

- E onde estão os outros cinco?-Perguntou Becca.

- Três deles estão agora ao encontro de suas metades humanas, uma se rebelou para o lado do mal, e outra nos não sabemos quem é.

- Espera ai Leoa!Metade Humana?

- Sim, vocês são nossas metades humanas Bruno.

As duas crianças olharam um para o outro com uma cara de que perderam alguma parte da historia.

- Eu irei explicar para vocês. -Disse o Leão. -Das sete criaturas que deram inicio a Magnus novas criaturas foram nascendo sendo os seus herdeiros (descendentes) atuais nós, eu sou descendente do centauro Magnus, por isso que no seu mundo eu sou conhecido como “rei”, aqui também eu seria rei se não fosse pelos herdeiros da criatura.

- Mas você já não tentou enfrentá-los?

- Não Becca, porque vários leões antepassados a mim já tentaram e sempre fracassaram e é por isso que tem uma profecia que o descendente do sábio macaco nos entregou há pouco tempo!

- E que profecia é essa?

“... quando um herdeiro do primeiro chegado a Magnus se unir a uma alma humana a criatura perderá seus poderes e somente então o mal cairá e o bem subirá...”. – E é por isso que chamamos vocês, de alguma maneira vocês estão ligados a esse mundo.

- Vocês querem que lutemos com vocês?

- Sim Becca. Você é a minha humana e Bruno é o humano de Mush.

- Mush?

- Eu me chamo Mush Bruno!

- Se o Leão tem um nome creio que você também tenha Leoa, estou certa?

- Certíssima Rebecca. Meu nome é Lana!

- Ual, belíssimo nome Lana.

- Obrigada Becca!

- Voltando ao assunto, não iremos à guerra sem vocês e muito menos sem você Bruno!

- Mas Mush, como iremos nos defender?

- Isso não será problema, tem uma caverna que foi construída para vocês com objetos mágicos que os ajudarão na guerra. -Respondeu Mush o Leão.

- Eu estou dentro, vou até o fim com você Lana e você Bruno?

Nesse momento Bruno levantou do circulo e começou a olhar por todos os lados, até que perguntou.

- Mas e nossa família?

- Em seu mundo o tempo está parado, todos estão como estatuas, é só o tempo de vocês voltarem. -Respondeu Lana.

- Não mude de assunto Bruno, você vai ou não?-Perguntou Becca.

- Não esqueça que não iremos pra guerra sem você!

- Mas por que não vão sem mim Mush?

- Porque você é a minha metade humana e eu sou o atual líder de Magnus, sem você não terá guerra!

-Bruno olhou novamente para tudo e disse olhando para o lado oposto dos outros três.

- Até a morte!

- O que?Perguntou Becca.

Ele se virou para eles e disse.

- Vou até a morte com vocês nessa guerra!

Nesse momento Mush soltou um rugido ensurdecedor que fez os pássaros voarem!

- Um pergunta Mush, se eles são do mal, por que aqui é essa maravilha de lugar?Não devia estar destruído?

- Esse é um dos lugares afastados da criatura Becca, ela não chegou até aqui.

Então ficaram conversando um pouco mais sobre Magnus, os primeiros povos que habitaram ali e sobre a guerra que estava por vir, ficaram ali por horas, o sol já estava alto e dava para apostar que eram umas 13 horas da tarde, hora do almoço e assim foram pegar umas frutas para comer. Enquanto estavam comendo escutaram um barulho no meio da mata. Os felinos ficaram alerta e em volta das duas crianças para protegê-las, depois de uns cinco minutos de desespero apareceram uma pantera enorme negra com os pelos brilhantes, uma tigresa branca que o pelo mais parecia neve e uma onça pintada. As crianças se desesperaram ao verem aqueles felinos, mas só se acalmaram quando Mush e Lana falaram que eles eram as outras almas da florestas ou os outros herdeiros.



4

Caverna.

Assim que os outros felinos apareceram, as crianças puderam ver outras quatro crianças vindo atrás e então Rebecca as reconheceu e viu que eram suas quatro amigas (Carol, Gabi, Paula e Nati), assim que elas se viram correram para o reencontro, elas conversaram muito sobre tudo o que estava acontecendo e quem eram suas parceiras ali naquele mundo. Becca falou que a dela era a Leoa Lana e o do Bruno era o Leão Mush, as meninas também falaram sobre as suas. A pantera negra era de Gabi e o seu nome era Stene, a de Nati era a onça pintada que tinha o nome de Misa, a da Caroline era a tigresa branca e tinha o nome de Nami e o da Paula era uma gata persa branca com o nome de Bel. Bel é a herdeira que se rebelou para o lado do mal o que fez Paula ficar muito triste ao ver que todos os seus amigos estavam com as suas metades felinas e a ela não, mas o que a alegrava era saber que ela tinha um dever muito maior que os dos outros : “que era trazer Bel para o lado do bem novamente”.

Bruno não gostou muito de ver que as meninas também tinham vindo para cá, pois sabia que Becca não lhe daria mais a atenção que ele queria. Mush ordenou que eles o seguissem, pois tava na hora de irem para a caverna e que lá eles iram descobrir como se defenderiam na guerra que está por vir, e foi o que fizeram, Mush foi com Lana na frente, seguidos de Bruno, atrás vinham às três felinas e logo atrás delas as cinco amigas conversando e rindo alegremente. o que era para Bruno um martírio. Uma vez ou outra gritavam para conversar com ele, mas assim que ouvia a voz de Gabriela ele parava de conversar e voltava à atenção para o caminho da caverna e ia conversando com Mush e Lana (que para ele eram seus únicos amigos). Ainda estavam com os uniformes, mas não como antes já estava sujo e praticamente estragados(Bruno estava com a camisa branca do colégio aberta na frente fazendo aparecer o abdômen e o tórax, ele já tinha rasgado a calça cinza e feito calção, as meninas estavam praticamente iguais umas as outras com as saias cinza e franzidas do colégio ainda intactas e as camisas levantadas e amarradas na altura dos seios fazendo aparecer o abdômen, afinal estava muito quente.). A floresta por onde andavam continuava a mesma de como a conheceram, a única diferença era que não havia mais uma cachoeira mais o rio ainda os seguia pelo lado direito, o que era bom pois sempre que dava sede eles podiam beber um pouco daquela água límpida e cristalina e ao mesmo tempo admirar a beleza do recife de corais.

Não demorou muito para chegarem aos pés de uma enorme montanha, onde dava para avistar que o topo era congelado por causa do ar rarefeito, também dava para notar grandes nuvens acinzentadas em volta do pico da montanha, o que indicava que continha chuva lá em cima, as crianças ficaram aliviadas quando souberam que teriam que subir somente um quarto daquela montanha (onde estava a caverna) e assim começaram a subir por um caminho que existia ali, na mesma ordem em que vieram o caminho todo (Mush e Lana/Bruno/Stene, Nami e Misa/As cinco meninas). Subindo a montanha eles puderam ver toda a floresta e também a cachoeira, mas não viram somente isso, conseguiram avistar muito alem da floresta, um lugar escuro, sombrio, um lugar horripilante, totalmente deserto, sem nenhum sinal de vida e o mais impressionante era a escuridão em pleno dia, era como se o sol só brilhasse para eles.

- Que lugar é aquele Mush?

- Aquilo Bruno?Aquilo é a verdadeira Magnus, lá é aonde tudo começou.

Ficaram olhando por um tempo e então subiram um pouco mais a montanha e conseguiram ver mais além, viram uma montanha bem no centro da verdadeira Magnus, muito maior que aquela em que estavam, porém muito mais assustadora, lá era totalmente escura, mas dava para ver as nuvens negras relampeando e lançando raios para o pico da montanha.

- E aquela montanha Mush?

- Lá é a montanha onde ficam os herdeiros, os descendentes da criatura, Becca.

- Aquilo voando em volta da montanha é o que?-Perguntou Gabi.

- Dragões!-Respondeu Mush.

- Dragões?-Perguntaram todos juntos.

- Sim, são os seguidores mais leais dos herdeiros, só ficam atrás do mais leal de todos!-Respondeu Lana.

- E quem é?-Perguntou Carol.

Os felinos se olharam e abaixaram a cabeça por um tempo e então Nami respondeu.

- Bel!

Paula quase desmaiou, suas pernas cambalearam e ela teve que ser colocada no chão por um momento.

- Por que fizeram isso com Bel?-Ela perguntou.

- Porque queria a cura do lado deles.

- Como assim Mush?

- É o seguinte Bruno, Bel pode ser uma gata persa que aparenta ser muito indefesa, mas na verdade ela é a mais poderosa de todos nós, ela pode se transformar numa criatura mitológica enorme, com asas e poderes fantásticos, infelizmente nunca tivemos a oportunidade de ver a criatura que ela pode ser, somente a vimos como a criatura do mal, ela ficou gigantesca com asas, olhos vermelhos, presas e garras afiadas, enfim, o mal estava ali quando eu a vi. Mas não é somente por isso que a pegaram e a levaram para o lado deles, Bel é muito forte e também tem um dom incrível que é o da cura, por isso que a pegaram, para que quando voltassem de uma guerra feridos ela os curaria. -O Leão explicou.

- E como conseguiram levá-la para o lado do mal?-Perguntou Carol.

- Ninguém sabe até hoje, num dia a Bel tava boa, na outra ela não estava mais entre nós. -Respondeu Stene.

- Vamos continuar pessoal, antes que anoiteça!-Ordenou Misa.

E assim continuaram, quanto mais subiam mais olhavam para a verdadeira Magnus e para a montanha dos herdeiros, Paula era a que mais sofria, pois sabia que Bel estava lá, mas uma coisa ela tinha certeza, mal para Bel não fariam, precisavam dela, precisavam da cura. Um tempo depois estavam à frente da tal caverna, ela era no meio da montanha, a entrada era uma grande abertura, não dava para ver muita coisa de como era lá dentro, quando iam entrando, luzes iam acendendo e só então viram que a caverna era mágica, dava para ver no teto as estalactites de vários tamanhos, era de arrepiar pensar na possibilidade de que um ruído, o menor que seja, pudesse fazer tudo aquilo cair em cima deles, a entrada era larga então dava entrar todos juntos tranquilamente, quando passaram pela entrada chegaram num lugar muito maior que estava sendo iluminada pelas dezenas de tochas que se acendiam quando eles passavam por elas, pura magia, dentro da caverna não tinha nada a não ser um espécie de mesa (daquelas de jantar enorme para quinze pessoas) de pedra, em cima da mesa havia seis colares de prata, todos com pingentes, que era uma pata de felino (ou aquelas de cachorro que vivemos desenhando) a luz das tochas faziam os colares brilharem como estrelas brilham no céu. As crianças logo entenderam que era para eles aqueles colares, elas se olharam para ver quem seria a primeira a ir até a mesa e pegar o colar, como nenhuma delas estavam dando ar de que iria o Leão empurrou Bruno para que ele fosse o primeiro.

- Vá e pegue a sua defesa!-Falou o Leão.

- Mas Mush como que iremos nos defender com colares com pata de gato?

- Vá Bruno e pegue, ou melhor, coloque!

Bruno não quis mais importunar Mush e então decidiu ir logo até a mesa e colocar o colar, estava tremendo mais que vara verde, quando chegou lá viu que eles estavam enumerados por letras, estavam na seguinte ordem.

“M/N/L/M/S/B”.

- Tem umas letras gravadas na mesa, uma em cada colar!Qual eu pego Mush?

- A que tem “M” embaixo!

- Mais duas tem “M” embaixo!

- A tua é a que o “M” está entre o “L” e o “S”. -Gritou Lana.

- Como que vocês sabem disso?-Perguntou Bruno.

-Porque essa é a formação de batalha!Depois eu explico!-Respondeu Mush.

Então Bruno pegou o colar que falaram que era dele, virou para os outros e colocou, assim que fechou o feixe do colar ele brilhou como o sol, uma luz intensamente intensa, quando ele terminou de brilhar, lá estava o novo Bruno.

Assim que viram o que aconteceu com Bruno tiveram a certeza absoluta de que o colar era mágico!O novo Bruno estava com vestes magníficas (roupas dos grandes reis da idade média), a blusa era da cor verde mais precisamente num tom de esmeralda, tinha umas listras nas mangas de cor dourada o mesmo dourado da juba de Mush, na parte esquerda da blusa, mais especificamente na onde é o coração tinha estampado de dourado a cara de um leão, a calça era branca como pérola e usava umas botas na cor preta como carvão. Enfim, Bruno estava parecido como um verdadeiro rei, e isso não era tudo, dava para se notar as armas também (a proteção que Mush sempre dizia), ele tinha nas costas um arco da mesma cor dourada da juba brilhante de Mush, as flechas tinham a ponta mais afiada do que um chifre de um unicórnio e na parte superior da flecha era o mesmo verde e dourado da blusa de Bruno, dava para ver que as flechas eram mágicas e nunca acabariam, a boca do suporte das flechas tinha a face de um leão de boca aberta (que era onde se tirava as flechas) no tom de perola assim como a calça de Bruno.

- É incrível! Exclamou Bruno admirado e se juntando as outros.

- Você está lindo Bruno!

- Obrigado Becca! -Respondeu Bruno todo encabulado.

- Está na vez de vocês meninas!-Ordenou Lana.

E assim foram as cinco juntas até a mesa, não tiveram muito trabalho para descobrir qual era seu colar, pois Mush tinha explicado que as letras embaixo dos colares eram as iniciais de suas almas( M – Misa /N – Nami /L – Lana /M – Mush /S – Stene /B – Bel), as meninas pegaram os seus colares, viraram para os outros e colocaram as cinco juntas, quando fechou todos os feixes a mesma luz de Bruno tomou conta da caverna(mas agora bem maior, pois eram cinco e não uma), quando o clarão acabou as cinco apareceram, mas em outros trajes. Carol, Becca e Gabi estavam com roupas de grandes rainhas e Nati e Paula com trajes de grandes guerreiras gregas. Carol estava com um vestido longo, com mangas compridas e num estilo “tomara que caia” (as outras duas também estavam)branco como perola e com listras pretas como carvão(o que a fez parecer muito com Nami), Becca estava com o vestido idêntico ao de Carol(assim como Gabi), mas na cor lilás com listras douradas como o pelo de Lana e o de Gabi era preto com listras azuladas(igual a uma pantera).Nati e Paula estavam com vestidos que era para a guerra, bem curtinhos que batia um pouco a cima do joelho, franzido na saia, a parte de cima do vestido era como um macacão e elas tinham uma faixa na cabeça, a de Nati era marrom com listras douradas e o de Paula era branco com listras também douradas.Todas elas tinham uma arma(arco e flecha), o que as diferenciava era o suporte e a cor da base das flechas(Carol- suporte de tigre, flecha branca e preta, Becca - suporte de leoa , flecha lilás e dourada,Gabi- suporte de pantera, flecha preta e azulada,Nati- suporte de onça pintada, flecha marrom e dourada e Paula- suporte de gato, flecha branca e dourada), todas tinham o rosto de suas almas estampadas no canto do peito(coração).Bruno não parava de admirar a beleza de Becca, o que o deixava mais apaixonado por ela, elas se juntaram aos outros e Becca perguntou a Mush.

- E então Mush, por que aquela ordem dos colares?

- Aquela ordem é a ordem exata em que vocês ficarão na grande batalha!

- Como assim?

- Assim Becca! “... Nati e Misa... Carol e Nami... Becca e Lana... Bruno e Mush... Gabi e Stene... Paula e Bel...”. Mas essa formação só estará completa quando Bel estiver do nosso lado novamente, entenderam?

- Sim!-Responderam todos juntos.

- Excelente, então quero que vocês fiquem na posição de combate.

Nem precisou falar duas vezes, assim fizeram, ficaram todos na posição dos colares, mas os humanos de frente para as almas da floresta.

- O que vai acontece agora Mush?

- Vai acontece o seguinte Bruno, vocês não vão para a guerra somente com essas armas, vocês vão também com um poder muito maior que meras armas de guerras!

- Magia?

- Exatamente Nati, há muito tempo estamos guardando esse poder conosco para entregar a vocês, é um poder muito grande, tão grande que nós nem sabemos como usá-los. -Respondeu Misa.

- Misa tem razão, o sábio macaco nos informou que esse poder só ira se manifestar quando quem o tiver ver que ele ou sua metade está em grande perigo!-Respondeu Stene.

- Bom, se vocês não sabem que poder é esse nem adianta perguntar o que é então!

- Absolutamente que não Carol!-Respondeu Nami.

- E onde está guardado esse poder? -Perguntou Gabi.

Os felinos se afastaram um pouco das crianças e assopraram um vento contagiante, eles se olharam assustados e perceberam algo formigando no braço esquerdo(com exceção do braço de Becca, nela foi no braço direito!), quem estava de manga comprida ergueu a manga e quem não estava conseguiu ver tudo(exceto Paula), uma cobra se enrolando envolta do braço como uma tatuagem, quando a cabeça chegou à palma da mão ela se transformou numa pata de felino, igual à pata do colar.

- Incrível!-Falaram todos juntos, menos Paula que estava de cabeça baixa.

- Então dessa pata sairá nosso poder?

- Exatamente Nati!-Respondeu Misa.

- E quanto a Paula?-Perguntou Gabi abraçando-a.

- Não podemos fazer nada, esse poder foi entregue a nós, somente para nós passarmos a nossa metade!-Respondeu Stene.

- Então quem tem o poder dela no caso é Bel!

- Exatamente Bruno!-Falou Mush. - Vamos pessoal não temos mais tempo a perder.

Partiram imediatamente da caverna e desceram a montanha em que estavam, voltaram novamente para a floresta onde comeram e beberam ate se fartarem, Mush deu o primeiro sinal e começaram a caminhada até a montanha dos horrores, duas coisas eles achavam ter certeza: a primeira era que a floresta era grande demais, então iriam demorar a chegar ao deserto assustador em que viram da montanha e a segunda era que ali estariam seguros. Mas era somente ilusão, pois o mal já tinha se alertado do perigo em que corria.

5

O primeiro aliado.

Cada arvore em que passavam era um motivo de parar e admirar a sua beleza, sempre Mush tinha que dar o sinal de que devia prosseguir, Bruno estava começando a se enturmar com as meninas e até mesmo com Gabriela, mas às vezes os dois discutiam o que fazia Becca ficar um pouco furiosa com ele. Depois de cansarem de admirarem as milhares de arvores, eles começaram a falar sobre os tais poderes que cada um estaria levando ali, cada “tatuagem” era de uma cor, o de Bruno era vermelha, o de Becca era azul, o de Gabi era branca, o de Carol era verde e o de Nati era amarelo e com todas essas cores eles começaram a pensar se a cor tinha algum relacionamento com o poder.

O sol estava se pondo e estava começando a ficar frio, então decidiram parar para acampar e continuar no outro dia bem cedinho, foi o que fizeram. Bruno e Paula saíram para pegar algumas lenhas para fazer uma fogueira para eles se esquentarem. Mush, Lana e Stene foram até o rio para pegar alguns peixes (afinal eles sabiam pescar com mais facilidade do que as meninas), Carol e Gabi foram atrás de frutos frescos para comer e fazer suco, enquanto Nati e Becca foram pegar água no rio, Nami e Misa ficaram ali de guarda. Quando todos voltaram, ficaram preocupados,” como que iriam colocar fogo nas lenhas?”, mas os felinos já providenciaram com alguns amigos da florestas algo um pouco parecido com um isqueiro e já colocaram fogo, Nati era a única que sabia preparar peixe, pois sempre nas férias ia com a família acampar no meio da floresta, então sua mãe lhe ensinou a preparar comidas naturais, as outras meninas foram preparar o suco e cortar algumas frutas e já começaram a comer, Bruno ficou um pouco mais afastado dos outros conversando com Stene, Lana e Mush, mas já se juntaram com os outros para comer. A comida estava ótima, o peixe estava muito bem temperado e muito bem assado e o suco nem precisou de açúcar(ou adoçante) pois as frutas eram muito doces(muito mais doces que as nossas aqui nesse mundo). Depois de comerem começaram a conversar sobre como estaria todos aqui e contando sobre esse mundo para as suas almas felinas, logo após de não terem mais assunto, Mush perguntou se todos gostaram das armas que ganharam, as meninas falaram que “sim” alegremente, mas Bruno ficou quieto.

- O que foi Bruno, não gostou das suas armas?-Perguntou Mush.

- Elas são legais Mush, mas eu acho que pra mim devia de ter sido uma espada, sabe! Daquelas espadas enormes, bem afiadas, pra mim arco e flecha é mais coisa de menina!-Respondeu Bruno.

- Armas não têm sexo Bruno, qualquer uma pode te matar!-Respondeu Mush um pouco nervoso com a resposta dele.

Bruno ficou calado e não disse nada a noite inteira, as meninas ficaram um pouco assustadas com a atitude de Bruno por causa das armas, mas logo se esqueceram do assunto e foram dormir.

- Pessoal, será que dá para deixar a fogueira acessa?Eu tenho medo de escuro!

- Não tem problema Gabriela todos temos alguma fraqueza, é claro que podemos deixá-la acesa!-Respondeu graciosamente Mush.

Foi até bom deixaram acesa a fogueira naquela noite, pois a noite estava muito fria e com uma fogueira acesa tudo é mais fácil. Já estava quase amanhecendo(já se podia ver os primeiros raios de sol acordando),Carol foi a primeira a acordar, ela viu que todos ainda estavam dormindo, então tentou fazer o mínimo barulho ao levantar e se espreguiçar,somente Nami acordou junto com ela.

- Desculpe Nami, não queria te acordar.

- Tudo bem Carol, eu estava acordada mesmo, aonde vamos?

- Vamos dar uma volta pela floresta para lavar o rosto e comer e beber alguma coisa (pois tinham comido toda a comida na noite anterior)!

Um minuto depois, as duas estavam no meio da floresta comendo e bebendo água no rio, mas elas começaram a se distanciar dos outros, porque queriam saber onde um peixe que para Carol era lindo iria ir, assim foram sem saber onde estavam indo. Quando chegaram a um ponto bem afastado dos outros Carol parou e começou a olhar em volta assustada.

- A gente se afastou demais dos outros Nami.

- Também acho, mais estamos seguras aqui.

- Será mesmo?

- Por que a pergunta?

- Sei lá, estou tendo a sensação de que estamos sendo seguidas!

- Será?Às vezes é alguém da turma!

- Não tenho certeza.

Carol ouviu um barulho atrás de umas arvores que era bem grudada, ela ficou espantada e assustada ao mesmo tempo, mas já se aliviou, elas estavam admirando o recife de coral dentro do rio e perderam a noção do tempo, quando estavam quase pegando no sono, Carol ouviu o mesmo barulho no mesmo lugar, ela perguntou quem estava ali, mas não teve resposta, o barulho começou por todo o lado, as duas estavam tremendo, era impossível (elas pensavam) de ser uma pessoa, pois era muito rápido, de segundo em segundo estava em um lugar diferente. Elas tinham razão, a “coisa” não era uma pessoa, mas logo elas descobririam o que era!

- Nami estou morrendo de medo.

- Não precisa ter medo criança. -Disse uma voz com um tom de mistério, mas ao mesmo tempo angelical.

- Quem disse isso?-Perguntou Carol.

- Fui eu criança!

- Eu quem?

- Olhe atrás de você!

As duas viraram e deram de cara com uma moça de cabelos negros, olho azul, uma boca muito vermelha e carnuda, era um pouco maior do que Carol e tinha a pele muito branca, mas enfim, ela era muito linda. Ela estava encostada numa arvore atrás das duas.Carol se encantou com a beleza dela, mas se assustou com o alerta de Nami:”Ela é uma vampira, olhe os dentes.Ela é uma aliada dos herdeiros.”.Nami tinha razão, a bela moça era uma vampira.

- O que você quer com a gente?-Perguntou Carol.

- Apenas uma pequena coisa! Matá-las. -Respondeu a vampira diretamente.

- Oh!Mas por quê?-Perguntou Carol.

- Porque esta é a minha missão!Os herdeiros acham que vocês são uma ameaça para eles, então eles me enviaram para acabar com um por um!E vocês vão ser as primeiras Carol!

A vampira foi avançando para cima das duas com os seus dentes enormes, loucos por sangue.

- Nami eu esqueci meu arco no acampamento!-Disse Carol colocando a mão nas costas.

- Não se preocupe Carol eu vou te defender!-Disse Nami entrando na frente de Carol e ficando frente a frente com a vampira.

- Você acha que você vai dar conta de mim, faz me rir, ninguém ganha da vampira Mira. -Disse a vampira.

Nessa hora ela deu um tapa no rosto de Nami com a mão direita fazendo Nami cair no chão, Carol foi tentar socorrê-la, mas Mira a pegou pelo pescoço a levantando e a jogando numa arvore. Depois Mira se dirigiu para o lado de Nami que ainda estava no chão.

- Você vai ser a primeira Nami!-Disse Mira se abaixando para ficar mais perto da tigresa e mostrando suas unhas enormes.

Carol estava tentando se levantar, quando viu que a vampira estava “furando” Nami com as unhas e a tigresa estava gritando de dor. Nessa hora Carol deu um grito que foi mais alto e mais desesperado do que de um leão.

- Nami!!! -Gritou Carol.

Seu grito foi tão alto que acordou todos no acampamento.

- É Carol!-Gritou Gabi.

- É verdade, olhe o arco dela ai!-Disse Bruno.

- Rápido!Stene você que é mais pratica nas arvores, suba e veja se você consegue ver algo!-Ordenou Mush.

Stene subiu.

- Estou vendo, elas estão pro norte, tem alguém com elas, não consigo ver quem é!-Disse Stene.

- Rápido, vamos para lá!-Ordenou Bruno.

Quando chegaram, eles resolveram se esconder e ficar quietos até um movimento brusco da coisa, ela mostrou os dentes para Carol ainda perto de Nami, então Mush alertou que ela era Mira uma vampira aliada dos herdeiros. Mira foi para cima de Carol e a pegou novamente pelo pescoço e a prendeu contra a arvore, Carol estava desesperada ao ver Nami esticada no chão sangrando.Quando Mira foi morder o pescoço de Carol, uma flecha passou entre as duas. Mira olhou para o lado e viu Bruno com uma nova flecha no arco e assim ele disse.

- Largue ela!

Mira a largou e foi em direção de Bruno, logo aparecerão às outras crianças e os felinos foram socorrer Nami que estava muito ferida, quando a viram naquele estado todos rosnaram furiosamente para a vampira. Carol foi até Nami e tentou animá-la, enquanto os outros lutavam com a perversa Mira. Carol não conseguia acreditar no que estava vendo, Nami ali praticamente morta, ela tentava reanimá-la mais nada funcionava, até que uma hora Carol gritou novamente o nome de Nami e duas lagrimas caíram de seus olhos, uma caiu na tigresa e a outra na palma de sua mão esquerda, nesse momento a palma da mão esquerda (que tinha o desenho da pata verde de um gato) brilhou intensamente e o brilho cobriu Nami inteiramente, fazendo seus ferimentos fecharem, Nami foi levada para o alto como se estivesse flutuando, todos pararam para ver o que estava acontecendo, Carol estava boquiaberta, dava para ver o que estava acontecendo com Nami dentro daquela luz que a cobria. Começou a aparecer folhas e flores por todo o corpo de Nami, suas garras e seus dentes aumentaram e seus olhos ficaram verdes, quando ela voltou ao chão ela só olhava sem piscar para Mira, todos estavam encantados com a metamorfose de Nami e só então viram que foi o poder entregue a Carol que fez Nami se transformar numa tigresa verde com folhas e flores em seu corpo. Nami correu na direção de Mira que ficou imobilizada, num certo ponto Nami deu um salto e atravessou a terra indo para o subterrâneo (como um fantasma atravessa uma parede).

- Onde que ela está?-Perguntou a vampira. - Isso tudo é uma tremenda bobagem!

Nami apareceu atrás dela, ela se virou e viu os olhos furiosos de Nami, a tigresa fincou suas garras enormes na terra, que começou a tremer como um terremoto e então atrás de Nami apareceu uma enorme planta carnívora com suas raízes flutuando para fora da terra. Nami de costas para a planta e de frente para Mira gritou.

- Acabe com ela!

As raízes da planta carnívora agarraram e prenderam Mira, que não parava de gritar: “Me solte, Me largue”, depois a levantaram para cima da cabeça da planta, que automaticamente abriu a boca e as raízes soltaram a vampira para dentro, que gritava desesperadamente e então a enorme boca da planta fechou-se e a engoliu sem dó. Nami que estava parada como uma estatua tirou suas garras da terra e a planta voltou para o subterrâneo.Todos ficaram encantados com o poder da tigresa que aos poucos voltava a ser a mesma Nami que conheceram sem flor nem folha.

Carol saiu correndo para abraçá-la e Mush se juntou as duas e disse.

- Parabéns Nami... Mãe natureza!

- Mãe natureza?-Perguntou Carol.

- Sim. O poder de Nami é de controlar a terra e tudo o que está nela, olhe para a palma da sua mão esquerda Carol.

E foi o que ela fez, ela olhou e viu que lá não havia mais uma pata de gato verde, mais sim uma folha verde. E então que Carol entendeu tudo sobre a profecia, quando Nami estava quase morrendo o poder se manifestou, todos ficaram felizes e foram até as duas para dar os parabéns. Mush avisou que de agora em diante eles não deveriam se afastar um dos outros e que grandes perigos estavam por vir.

6

Traidor.

Todos voltaram para o acampamento e lá tomaram um belo café da manhã, o dia já começou com o pé esquerdo, será que poderia piorar?Assim que terminaram o café começaram logo a caminhada para a montanha dos horrores. Tudo estava indo muito bem, o céu estava um azul anil, sem nenhuma nuvem e o sol estava mais brilhante do que antes, um belo dia de verão. Cada passo que davam era um alerta de perigo, cada minuto era um minuto de gloria, pois sabiam que seria muito difícil de sobreviver ali.

O dia passou lentamente e muito cansativo, conseguiram chegar ao final da floresta até antes de anoitecer, mas sabiam que não daria para continuar, eles armaram outro acampamento e ficaram ali para passar a noite, era o ultimo dia de lua crescente, então sabiam que amanha era mais fácil de andar na noite com a lua cheia iluminando o caminho. No acampamento eles conversaram, comeram, cantaram e sonharam, quando estavam prestes a dormir um homem de meia idade, cabelos negros, moreno, com vestes sujas e rasgadas apareceu do meio da floresta.

- Quem é você? -Perguntou Bruno.

- Eu sou um ex-prisioneiro dos herdeiros, eu sou um antigo cidadão de Magnus!-Respondeu o homem.

- O que você acha Mush?-Perguntou Bruno.

- Se ele é um cidadão de Magnus, então devemos confiar e recebê-lo de braços abertos!Qual é seu nome meu bom homem?

- Lupi, meu nome é Lupi!-Respondeu o homem.

- Bem vindo ao nosso grupo Lupi!-Exclamou com um grande sorriso Nati.

- Obrigado!-Respondeu Lupi com uma piscadinha para ela.

A noite passou muito rápido, quando amanheceu eles já estavam de pé e prontos para sair, caminharam até à hora do almoço e decidiram não continuar naquele dia, pois seria muito cansativo para as crianças. Nati e Lupi criaram uma enorme amizade e também algo a mais, o amor estava no ar para os dois. A tarde passou mais rápido do que a manhã, descansaram o bastante para poder continuar no outro dia, até chegaram a dormir mas sempre um mantendo guarda, Nati e Lupi dormiram abraçados, certamente eles estavam apaixonados um pelo outro.Na hora do jantar todos estavam totalmente recuperados,Nati, Lupi e Misa saíram para passear pela floresta, estava uma noite linda, a primeira noite de lua cheia, a floresta estava totalmente iluminada, eles chegaram numa enorme clareira e lá sentaram e ficaram conversando sobre curiosidades, Nati sabia que ele era seu príncipe encantado, mas na verdade ele não passava de um sapo, horrendo e asqueroso.

- Você está linda hoje Nati.

- Obrigada Lupi, você também está.

- Esse lugar é muito bom não é?

- Ele é lindo, mas por que bom?

- Porque aqui está afastado ao máximo dos outros.

- Sim e por quê?

- Você viu que lua é hoje?-Perguntou Lupi, mudando de assunto.

- Sim, é uma bela noite de lua cheia.

- Exato, lua cheia!E quem adora a lua cheia?

- Não faço a mínima idéia!

- Eu!

- É?E por que você adora a lua cheia?

- Porque é na lua cheia que eu me liberto!

- Se liberta?

- Sim!

Lupi levantou de onde estava sentado e começou a andar por toda a clareira, até que se virou para Nati e disse.

- Ta na hora!

- Hora de que?

- De você ver quem eu sou de verdade!

Ele começou a se despir e começou a gemer,como uma pessoa geme de dor, começou a tirar a sua pele,como se tivesse trocando-a, começou a nascer pelo preto por todo o seu corpo, suas unhas da mão e do pé cresceram e ficaram parecidas com garras, seus dentes ficaram assustador, quando terminou a sua transformação, Nati disse abismada.

- Lobisomem!

- Exatamente! E eu vim aqui para acabar com você, Natalia e com você também, Misa.

- Foi por isso que você nos trouxe aqui.

- Isto mesmo Nati, para cumprir a minha missão!

- Qual missão?

- Matá-las!

- Ele é um aliado dos herdeiros Nati, cuidado!-Exclamou Misa.

- Eu sei Misa, vá até o acampamento e chame os outros, eu cuido dele, mas vá rápido!

Misa foi o mais rápido que pode, por sorte ela era a mais rápida da turma, Nati pegou seu arco e flecha e começou um duelo com Lupi, era flecha para todos os lados, mas nenhuma o acertava, ele sempre se esquivava, Lupi se escondeu entre as arvores e Nati ficou preparada no meio da clareira, olhando para todos os lados, no seu pensamento só passava uma coisa: ”Devo ficar viva, até a ajuda chegar!”. A ajuda chegou e eles não conseguiam acreditar que Lupi era do mal, ficaram alerta, cada barulho que ouviam dentro da floresta era um sinal de ataque, e atacavam todos com suas flechas, Lupi apareceu para eles na clareira e eles aproveitaram e o encurralaram colocando-o no meio, todos estavam com seus arcos e flechas mirando para ele e até mesmo Nati.

- Você vai me mata Nati?

- E por que não deveria?-Perguntou Nati com lagrimas nos olhos.

- Eu sou o seu amor princesa.

- Você era!

Ele foi atacar Nati, mas Misa o interferiu e ele a jogou para o outro lado da clareira onde a onça bateu a cabeça numa arvore, ficando desmaiada. Nati disparou uma flecha para cima de Lupi, mas ele desviou fazendo-o ficar mais próximo de Nati, ela pegou uma nova flecha, mas o lobisomem pegou o seu arco jogando para longe, quando ele foi para cima dela, ela conseguiu desviar e fincar a flecha nas costas do monstro, fazendo ele gritar e voltar a ser o Lupi homem.

Ela correu para socorrer Misa e verificar que com ela esta tudo bem, Lupi arrancou a flecha das suas costas e se virou para Nati, ou outros só estavam esperando um movimento brusco dele para dispararem. Nati se encheu de raiva e olhou fixamente para os olhos dele!

- Você é um traidor, traiu nossa confiança, nossa amizade e o pior, meu amor por você!Não vou deixar você fazer mais nenhum mal.

A mão esquerda de Nati começou a brilhar, o mesmo brilho que apareceu em Carol, o céu se encheu de nuvens e elas começaram a trovejar, lançando vários raios em um mesmo ponto, Misa. Um clarão tomou conta da clareira por um minuto, depois desse minuto, lá estava à nova Misa. Com os olhos amarelos feito ouro, pelos totalmente amarelo sem nenhuma pinta, em suas patas, luvas azuis com raios em volta delas e sua calda igual a de um pavão, mas não colorido e sim de uma única cor, amarela, com raios em todo a calda, todos tinham certeza, Misa controlava os raios do céu.

- Acabe com ele Misa!-Ordenou Nati.

E foi isso que ela fez, Misa saiu correndo para cima dele como uma bala que acaba de ser lançada de um projétil, Misa saltou para cima de Lupi o colando no chão.

- Tua hora chegou Lupi!

Misa deitou no chão com a calda erguida, a ponta da calda começou a lançar mini raios, ate que todos os mini raios se juntaram em um só, formando um enorme raio que atingiu Lupi de uma única vez , desmaiando-o e não matando-o, de cada olho da onça saiu um raio formando uma bola de energia envolta de Lupi e o lançando para o céu.

- Esse não incomodara mais ninguém, ele estará preso na mais alta montanha e será vigiado por meus raios!-Disse Misa voltando a ser a antiga onça pintada.

- Bom trabalho Misa, Rainha dos céus!-Reverenciou Mush.

- Olhem minha mão!-Gritou Nati.

Todos olharam e viram que não tinha mais uma pata de gato amarela, mais sim um raio amarelo.

- Mais uma descoberta, qual será a outra agora?

- Como assim Bruno?-Perguntou Paula.

- Não vêem?A cada dia um de nós descobre o poder, sob um novo vilão!

- Bruno tem razão, quem será agora?-Perguntou Becca.

Todos voltaram para o acampamento e lá dormiram ate o sol raiar.

7

A outra Gabriela.

Ao acordarem, já começaram a caminhada, estavam a alguns metros do deserto negro, nenhum deles estavam falando nenhuma palavra, estava sendo uma caminhada silenciosa, só não estava totalmente silenciosa porque ainda dava para ouvir o piar dos pássaros. Todos estavam preocupados com Natalia que não disse uma única palavra a caminhada toda, e quando dizia era para falar que estava “Tudo Bem”. Finalmente chegaram ao deserto muito antes do almoço, mas tiveram que volta alguns passos para pegarem comida e água, porque no deserto não tinha um sinal de vida (arvore ou rio), eles chegaram novamente ao inicio do deserto, lá era muito frio, escuro e muito, muito grande. A montanha em que queriam chegar era muito longe e não dava para avistar ela muito bem, tinham certeza que não seria fácil chegar até lá, muitos perigos teriam que enfrentar.

Mush começou a alertar todos sobre os perigos e que eram para prestarem atenção em tudo, nessa hora todos já estavam conversando e até Gabriela foi falar com Bruno.

- Não se preocupe Bruno, eu te protegerei.

- Do que você está falando Gabi?

- Dos perigos, eu disse que te protegerei.

- Ta bom então! -Ele respondeu com um tom de desentendido.

- Gabi! Venha se juntar com a gente aqui! -Convidou Carol.

- Não tenho nada para conversar com vocês! -Ela respondeu de jeito muito rude.

- Está bem! -Falou Caroline muito assustada com a resposta de Gabriela.

Na verdade todos ficaram com cara de espanto com a resposta dela, e muito mais espantado ficou Bruno, “Gabriela tava falando amigavelmente com ele, e rejeitando suas amigas?”, certamente alguma coisa estava errada, mas ele deixou passar, já estava muito tarde, então resolveram dormir.

Ao acordarem, tomaram um belo café da manha, e começaram novamente a caminhada, Gabriela continuava sendo “amiga” de Bruno e não amiga de suas verdadeiras amigas, Bruno tentava agüentá-la, mas para ele, ela tava enchendo as paciências. Ele recorreu às meninas para pedir ajuda, elas foram falar com Gabi, mas só levaram respostas desagradáveis da parte da amiga, então desistiram, eles esperaram anoitecer e ela dormir para ver o que fariam.

- Tenho certeza que essa não é a Gabriela! -Exclamou Rebecca.

- Com toda a certeza não é! -Afirmou Bruno.

- Mas então quem é?-Perguntou Paula olhando para ela que estava dormindo.

- Só pode ser algum aliado dos herdeiros se passando de Gabriela! -Exclamou Stene, que também não acreditava que aquela era sua metade humana.

- Um Metamorfo?

- Eu acho que sim Bruno, existia metamorfos do mal na época da primeira criatura, mas não pensava que ainda existia um agora! -Respondeu Mush.

- Mas, se ele é um Metamorfo, onde estará à verdadeira Gabriela? Perguntou Natalia.

- Os Metamorfos sempre colocam suas vitimas nos lugares onde eles mais tem medo!-Respondeu Misa.

- E o que a Gabi tem medo? -Perguntou Nami.

- Eu acho que sei onde ela está.

- Aonde Bruno? -Perguntou Stene.

- Vocês lembram na nossa primeira noite aqui, que a Gabi pediu para deixar a fogueira acesa? Ontem essa ai não pediu.

- Escuro! -Exclamaram todos juntos.

- Exato! Mush onde é o lugar mais escuro daqui? -Perguntou Bruno.

- Numa vala, que antigamente era um rio.

- Então é lá que ela está!

- Você tem certeza Bruno?

- Certeza, certeza eu não tenho, mas acho!

- De qualquer jeito vamos lá, só eu e você!

- Está bem Mush! -Respondeu Bruno.

- Eu também quero ir com vocês!

- Não Stene, se essa daí acordar e ver que você não ta ai, ele vai desconfiar!

- Está bem Mush.

E assim os dois foram, Bruno na garupa de Mush, e os outros foram dormir. Eles chegaram a tal vala, que era totalmente escura e assustadora, eles acharam uma caverna dentro da vala, lá era mais assustador, escuro e frio, eles começaram a gritar o nome da Gabriela, eles ouviram um som de uma pessoa que estava amordaçada, mas estava tão escura que não dava para ver nada, eles pediram para gritar mais alto, até que Bruno tropeçou em alguma coisa e a pessoa gritou, ele foi pelo som e achou a amordaça e a tirou.

- Bruno você pisou no meu pé! -Gritou Gabriela.

- Me desculpe. -Respondeu Bruno tirando as outras amarras.

E assim os três foram indo embora.

- Como que aconteceu tudo?-Perguntou Bruno.

- “... Depois que a gente foi embora da luta contra o Lupi, eu dormi, e então eu acordei na madrugada com alguma coisa me levando, e quando eu vi, estava aqui e ele se passando por mim, mas eu tinha certeza que você saberia que não era eu...”.

- É, ela não me xingou nem nada!

- Me desculpe Bruno, eu não faço isso porque eu quero, mas é que eu tenho medo que você leve as minhas amigas de mim.

- Ei! Elas jamais te deixaram e eu jamais tirarei elas de você!

- Obrigado, e te xingo porque você é muito criança e às vezes me irrita!

- Obrigado pelo desabafo!

- De nada!Sabe Bruno eu sempre gostei de você, mesmo com esse teu jeito chato de ser!-Ela disse com um sorrisinho no rosto.

Bruno olhou para o outro lado, ela virou o rosto dele com a mão e ela foi chegando aos poucos perto dele, ate que os dois estavam lábio com lábio, se beijando. Bruno interferiu.

- Não é certo Gabi, eu gosto da Becca, e você fazendo isto vou acabar pensando que você é não é você. O que seria nojento, eu beijando um metamorfo.

- Não se preocupe, eu sou eu, e vamos logo, quero tomar meu lugar novamente.

- Continua mandona!

Os três aceleraram o passo e chegaram onde os outros estavam acampando, eles acordaram todos menos o metamorfo.

- Gabriela, Gabi, acorde! -Gritou Bruno.

- O que esta acontecendo?-Ele disse se espreguisando. – Quem é o perigo agora?

- Eu sou o perigo! -Exclamou Gabriela.

- Impossível!-Exclamou o metamorfo se levantando espantado.

- Você achou que poderia tomar meu lugar?

Ele olhou para todos e pegou o arco com uma flecha e mirou para Stene.

- Você não teria coragem!

- Você acha que não Gabriela!-Ele disse, lançando a flecha em Stene.

- Não! -Gabriela gritou.

Mush atacou ele e Gabi foi socorrer a pantera que estava desacordada.

- Você não devia ter feito isto! -Ela disse, mas quando virou viu dois Bruno.

- Eu sou o verdadeiro Gabi!

- Não, eu é que sou.

Gabriela ficou confusa, mas um dos Bruno pegou a ponta dos dedos e o levou na boca, beijando-os, com esse sinal ela se lembrou do beijo dos dois e olhou diretamente para o outro.

- Você não fará mal a mais ninguém!-Ela disse com muita raiva.

A mão esquerda de Gabriela brilhou e o brilho cercou Stene, tirando a flecha e fechando o ferimento, quando o brilho terminou, Stene estava mudada e totalmente recuperada.

Ela estava transparente, somente com os contornos brancos de seu corpo aparecendo, ela também tinha asas o que a proporcionava a habilidade de voar. Stene foi voando para cima do Metamorfo e jogou uma rajada de vento muito forte, que quando acabou o Metamorfo estava sem ar, os olhos de Stene brilharam e as nuvens do céu desceram e envoltaram o Metamorfo, Stene só deu uma ordem.

- Levem-no para o mais alto dos céus e ali o vigiem todas as horas do dia e da noite.

E assim aconteceu, a bola de nuvem de branca com o Metamorfo subiu e desapareceu no céu.

- Parabéns Stene, dona das nuvens e dos ventos. -Disse Mush.

A mão de Gabriela mudou também, a pata de gato branca, virou dois riscos brancos, significando o vento.

- Parabéns Gabi, mas conta o que aconteceu?-Pediu Paula.

E assim aconteceu, depois de Stene voltar ao normal, todos começaram a caminhada novamente, com Gabriele contando a historia que Bruno já sabia.

8

Medusa, Esteno e Euriale.

Cinco dias se passaram desde o incidente de Gabriela com o Metamorfo, para eles era um alivio passar tanto tempo sem nenhuma batalha, mas ainda estavam com a “pulga” atrás da orelha, será que alguém é um metamorfo?, ou é paranóia de todo mundo, só se esclareciam quando todos perguntavam “Você é um metamorfo?”, e então outra pessoa perguntava a mesma coisa e então tudo esclarecia ,é confuso eu sei, a viagem estava cansativa, mas eles nunca esqueciam a missão “libertar Magnus dos invasores”, já estava anoitecendo e então armaram acampamento. Na manhã seguinte ,assim que amanheceu, Rebecca foi a primeira a acordar, junto com Lana e as duas saíram para pegar algo para comer, o que seria difícil de achar naquele deserto, mas mesmo assim elas foram, estavam afastadas o suficiente para ver que não tinha comida onde elas estavam, quando resolveram voltar, uma cobra de cor verde escuro e do tamanho de uma sucuri passou pela frente das duas, Rebecca ficou paralisada.

- Eu odeio cobra, eu tenho pavor de cobra! -Ela disse tremendo os lábios.

Por aonde elas iam a cobra ia atrás, ela começou a se assuntar e Lana a suspeitar.Lana mandou Rebecca subir em sua garupa para que elas pudessem correr e a cobra saísse do “pé” delas, mas pareceu que isso era impossível, quanto mais Lana corria mais a cobra estava grudada nelas.

- Ela corre quase que na mesma velocidade que você Lana!

Rebecca olhou para frente e fechou os olhos, pois ainda pensava que podia ser um pesadelo, mas quando reabriu os olhos viu que estava na garupa de Lana, ela olhou para trás e teve uma enorme surpresa.

- Ahhh! -Rebecca gritou.

- O que foi Becca?

- Cobras!!!

- Cobras?

- Sim, agora não é somente uma, mas três!-Gritou Rebecca.- Mas isso não é o pior!

- O que é pior que três cobras para você?

- Três cobras com asas!

- Você disse asas?-Lana gritou amedrontada.

- Sim Lana, as três tem asas e estão correndo, ou melhor, voando para cima de nós.

Lana continuou correndo o mais rápido que pode e Becca não olhou mais para trás.

- Elas ainda estão atrás de nós?-Lana perguntou.

Becca olhou para trás.

- Não!Não tem nada atrás da gente!

- Acho que desistiram!-Disse Lana enquanto parava de correr.

- Será?

- Creio que sim.

As duas começaram a retornar de onde elas haviam partindo, na metade do caminho uma coisa extraordinária aconteceu, uma coisa que elas não pensavam que podia acontecer. As três cobras surgiram de dentro da terra encurralando as duas, logo após as três cobras viraram três mulheres. Elas tinham serpentes em vez de cabelos, presas pontiagudas, mãos de bronze e asas de ouro.

- Vocês são Górgonas!-Exclamou Becca, que já estava boquiaberta.

- Exato criança, mas como sabe sobre nós? -Perguntou uma das Górgonas, que estava em frente à Rebecca.

- Vocês fazem parte da mitologia grega de meu mundo, vocês eram criaturas belas, mas foram transformadas nessas criaturas por Afrodite a deusa do Amor.

- Você sabe muito sobre nós criança!-Disse a Górgona que estava à direita de Rebecca.

- Sim, eu sei!

- Então você sabe que nossos olharem petrificam, não sabe?-Perguntou a Górgona que estava à esquerda de Becca.

Nesse momento Becca olhou para baixo para não olhar nos olhos das Górgonas e Lana fez o mesmo.

- Quem é quem?

- Como assim?-Perguntou a Górgona da frente de Becca.

- Qual é o nome de vocês?

- Eu pensei que você soubesse o nosso nome!-Respondeu a mesma Górgona da frente de Becca.

- Eu sei, Medusa, Esteno e Euriale, mas quem é quem?-Perguntou Becca ainda de cabeça baixa.

- Ah sim, eu sou Esteno!-Respondeu a Górgona do lado direito de Becca.

- Eu sou Euriale!-Respondeu a do lado esquerdo de Becca.

- E eu, Medusa!-Disse a Górgona da frente de Becca.- Mas chega de conversa, irmãs vamos acabar as duas.

- Com todo o prazer!-Respondeu entusiasmada Euriale.

- Por favor, não!-Gritou Becca.

- Becca, devemos chamar os outros!

- Não Lana, a gente consegue enfrentar elas!

- Becca, eu ainda não achei meus poderes, não temos chance!

- Temos sim Lana. - Lana, ataque Medusa agora.

Lana foi para cima de Medusa sem nenhuma vontade, quando ela avançou em Medusa, que estava parada, as cobras do cabelo de Medusa atacaram Lana, a fazendo cair no chão, ela tentou levantar, mas só conseguiu ficar sentada em frente à Medusa.

- Foi tão fácil!-Disse Medusa com um sorrisinho no rosto.- Diga adeus a sua leoa Rebecca.

Medusa olhou para Lana e seus olhos ficaram brancos, Lana tentou fugir, mas era tarde demais, em menos de um segundo Lana estava sentada sem se mexer, e então Becca acordou para a realidade, Medusa tinha petrificado Lana.

Medusa e suas irmãs foram para cima de Rebecca.

- Está na hora de terminarmos a primeira parte da nossa missão, irmãs!-Disse Medusa.

- Por favor, eu desafiei as três, agora eu sei que vocês são muito poderosas, me desculpe, mas não me matem!-Implorou Rebecca.

- Isso seria demais para nós, acho que não podemos contribui com seu pedido!-Continuou Medusa.

As três já estavam muito próximas de Rebecca, quando Becca pensou que era o fim, algo aconteceu. Duas raízes na cor verde escura prenderam os pés de Euriale no chão, ela não conseguia sair do lugar e então a raiz puxou ela para o fundo da terra. Medusa tentou entender o que estava acontecendo, ate que Esteno levou uma rajada de vento e voou para longe dali, Medusa olhou para o céu para ver se conseguia ver sua irmã e então um raio amarelo com alta voltagem vindo do céu atacou Medusa. Becca olhou para trás e viu os seus amigos vindo na direção dela, Medusa se recuperou e começou uma batalha com Misa, Esteno desceu voando dos céus e enfrentou Stene, foi uma batalha no ar e Euriale surgiu de dentro da terra e enfrentou Nami.

- Não devia ter feito isso comigo Misa!-Avisou Medusa.

- Só fiz o que era certo!

As cobras do cabelo de Medusa foram para cima de Misa, quando elas foram atacar Misa um raio saiu da cauda da onça e eletrocutou as cobras.

- Você nunca irá ganhar de mim Stene!

- Você esta contando vantagem demais, não acha Esteno!

Esteno voou para cima de Stene, quando ela chegou perto o suficiente para atacar Stene, uma rajada de vento à atacou, a fazendo voar para longe dali.

Euriale também usou a técnica das cobras contra Nami.

- Eu também tenho cobras ao meu favor Euriale!

Nami fincou suas enormes garras na terra e enormes cobras surgiram e atacaram as cobras do cabelo de Euriale.

Enquanto as três felinas com seus poderes enfrentavam as Górgonas, Becca estava em frente à Lana chorando muito pelo o que aconteceu!

- Foi culpa minha! -Ela dizia quase sempre.

- Não foi culpa tua Becca, elas é que são cruéis o bastante para isso! -Bruno dizia tentando confortar Becca.

- Eu pensei que tentando enfrenta elas o poder de Lana se manifestaria!

- Acho que você não entendeu muito bem a profecia! -Começou Mush. - O poder não vai se manifestar quando você se coloca em perigo, mas sim quando você esta em perigo mesmo com ajuda!

- Por causa do meu egoísmo Lana esta ai, petrificada! Mush não há nada para desfazer o encanto?

- Eu não sei Becca, mas sei de alguém que talvez saiba!

- Quem?-Perguntou Bruno todo animado.

- O sábio macaco!

- Mas ele já não morreu?-Perguntou novamente Bruno.

- Sim, mas esse é o herdeiro do primeiro sábio macaco!

- Hum, mas Mush ele esta muito longe!

- É Bruno, esse é o problema, não dá para voltar a tempo!

Todos abaixaram a cabeça e então Becca teve uma idéia.

- Nami!

- Nami?

- É Bruno, Nami pode enviar um mensageiro até o sábio macaco.

Becca gritou para Carol, para que ela pedisse a Nami, e assim ela fez e Nami mandou um mensageiro para o sábio macaco que em menos de quinze minutos ele estava de volta com a mensagem.

“... O encanto só pode ser quebrado quando dois poderes ainda não descobertos se unirem...

Sábio Macaco”.

- Dois poderes ainda não descobertos?Quem não descobriu os poderes?

- Dã!Você não pensa Bruno, eu e você!

- Exatamente, parece que os poderes já adivinharam que isso iria acontecer!

- Como assim Mush?

- Olhe o braço de Bruno, a pata esta na mão esquerda e a sua esta na direita.

- É verdade!

- Vocês não tem mais tempo!Unam os braços!-Ordenou Mush.

Os dois não esperaram mais tempo e uniram os braços, duas bolas brilhantes surgiram no céu, eram tão brilhantes que pareciam que duas estrelas caíram, e então as duas bolas brilhantes se uniram e da união delas apareceu uma imagem, talvez a imagem mais linda que eles já viram. Era um leão enorme com asas cor de ouro, na sua garupa estava sentada uma anja, ela tinha os cabelos cor de ouro, olhos azuis, tinha um capacete que dos lados tinham duas asas, ela vestia uma armadura branca com detalhes rosa, enquanto as asas do leão era da cor de ouro a dela era da cor de um rosa bebê. A anja estava empunhando um arco e flecha branca, ela lançou uma flecha na direção de Lana e o leão bateu as asas e lançou varias penas em Lana, e então as duas belas imagens se lançaram para os braços das duas crianças, fazendo os dois se soltarem imediatamente como se os dois tivessem levado um choque. A estatua de Lana apenas rachou.

- Mush não adiantou!

- Eu lamento Becca! -Disse Mush.

Becca gritava varias vezes o nome de Lana e nada acontecia, até que Becca no desespero com os braços socou a terra e então o braço direito de Becca brilhou e o brilho atingiu Lana. Becca olhou para Mush e disse.

- A estatua está vazando.

E estava mesmo, entre as rachaduras começou a vazar água, a água mais brilhante e azul que eles poderiam imaginar que pudesse existir, e então a estatua de Lana estourou lançando cacos por toda a parte e fazendo Becca cair de costas no chão, quando ela olhou para Lana ela se surpreendeu, Lana tinha se transformado e seu poder se manifestado, ela estava com o pelo normal, mas tinha os olhos azuis e tinha um lenço azul enrolado no pescoço, no meio do pescoço tinha uma pedra que parecia ser preciosa, o lenço ia até o fim da calda de Lana e parecia ondas no mar, ela foi na direção da batalha que estava acontecendo.

- Meninas, muito obrigada, mas essa luta é minha!

- Está bem Lana!-Disse Nami.

Elas pararam de lutar com as Górgonas, que imediatamente se juntaram no ar, Lana fincou suas garras no chão que começou a tremer, mas der repente parou.

- Palhaçada!-Gritou Medusa.

Quando as três foram voar na direção de Lana uma cachoeira que saia de dentro da terra atingiu as três, que caíram encharcadas no chão, quando elas voltaram ao normal, queriam atacar Lana, mas os olhos de Lana brilharam e uma bola de água prendeu as três e Lana gritou.

- Levem-nas para o oceano mais profundo e lá cuidem delas para que não escapem e não façam mal a mais ninguém.

A bola de água levou as três irmãs Górgonas e Lana voltou a ser a mesma leoa.

- Acabou!-Lana disse.

- Me desculpe Lana! -Disse Becca abraçando Lana.

- Não peça perdão e se você pedir mais uma vez eu te afogo! -Disse Lana com um sorrisinho.

- Parabéns Lana, Rainha das Águas!

- Obrigada Mush, obrigada a todos.

- Vamos continuar, estamos quase chegando! -Ordenou Mush.

E assim voltaram ao caminho, pois a grande batalha estava chegando.

9

O grande herdeiro ruge.

O caminho não era muito grande, em pouco tempo estariam em frente a grande montanha, Becca não parava de admirar sua mão direita, pois lá não havia mais uma pata de felino como na mão esquerda de Bruno, lá havia uma gota de água azul brilhante, Lana também estava muito feliz por saber que controlava as águas.

As meninas estavam todas reunidas e estavam falando sobre os poderes, enquanto Bruno estava o mais afastado possível para não ouvir a conversa, não queria lembrar de que era o único com seu parceiro ali que não tinha ajudado a achar seu poder, Mush também estava um pouco chateado com isso, mas não perdeu a postura e continuou na liderança, levando os outros até o destino.

Quando estavam perto do pé da montanha, eles viram três criaturas voando em volta do pico, os dragões de que Mush havia falado, pelo menos era o que ele achava.

Começaram a subir a horrenda montanha, estavam extremamente alertas, pois qualquer movimento brusco, podia ser o fim.

- Que barulho é esse?

- Não faço a mínima idéia Bruno! -Respondeu Mush.

- Espera, eu conheço esse barulho!-Começou a falar Nami. – Eu como rainha das florestas não tenho como errar essa, isso é som de asas batendo!

E era isto mesmo, eram três pares de asas enormes batendo, e cada vez que eles andavam, mais alto ficava o som das asas.

- O que será? -Perguntou Bruno novamente.

- Está muito próximo agora! -Falou Gabriela. - Olhe ali! -Ela gritou apontando para frente.

Todos seguiram o dedo dela, e quando chegaram ao ponto da imagem pularam para trás, eram três figuras enormes, eram metade mulheres e metade aves, as tres estavam trancando a passagem deles, a da direita tinha as penas azuis e amarelas, com os olhos na cor de um azul piscina e tinha os cabelos curtos e espetados para cima na cor azul com uns tons roxos, a da esquerda tinha as penas pretas e vermelhas, tinha os olhos vermelhos e um cabelo comprido até a cintura, com uma franja caída para o lado e inteiro preto, e a do meio tinha as penas amarelas e rosas, olhos amarelos e o cabelo também comprido até a cintura, num tom de loiro muito brilhante.

- Olá, é um prazer conhecer vocês, deixa eu vos apresentar a mim e minhas irmãs! -Começou a mulher-ave do meio. - Eu sou Ocípite, essa do meu lado esquerdo (a do lado direito de cabelos curtos) é a minha irmã Aelo e a do meu lado direito é a Celeno, aposto que já sabem o que somos...

- Harpias! -Interrompeu Gabriela.

- Sabia que é muito feio falar junto com alguém que está falando criança? -Falou Ocipite irritada. – Mas você está certíssima, nós somos as irmãs Harpias, e viemos aqui para acabar com vocês!

- Á por favor né, um monte de aliado tentou e nenhum conseguiu! -Gabriela retrucou com um pingo de deboche.

- É, mas eles são todos incompetentes, por que vocês acham que os herdeiros nos deixou por ultimas?Por que somos as mais fortes e mais poderosas! -Disse Aelo. – E nós temos um trunfo na manga!

- Hello, vocês não tem manga, mas o que é? -Perguntou Carol com um sorrisinho também de deboche.

Aelo estalou as garras de aves, e do pico da montanha desceu um dragão vermelho, do tamanho de um trem-bala de pé.

- Esse é nosso animal de estimação! -Disse Celeno apontando para o dragão.

- Me respondam duas perguntas! -Começou Gabriela. – Primeira, vocês não deviam ter bicos? Segunda, qual é o poder de vocês?

- Primeira, nós pedimos para os herdeiros tirarem nossos bicos e colocarem essas bocas maravilhosas no lugar e em troca nós nos unia a eles! Segunda, eu tenho o poder da água, Celeno a terra e Aelo o ar!

- E como vocês fazem isso? -Perguntaram Lana, Nami e Stene ao mesmo tempo.

- Assim! -Gritou Aelo voando para cima.

Ela abriu as asas e lançou penas com rajadas de vento.

- Agora Stene! -Gabriela gritou apontando a mão esquerda para Stene, que imediatamente virou a Stene com poder do vento, e criou um redemoinho de vento que engoliu as penas de Aelo.

Todos subiram nas garupas dos felinos e desceram a montanha até o pé dela, lá os felinos com poderes se transformaram.

- Mush saia daqui e leve Bruno e Paula com você! -Ordenou Lana.

- Maravilha, eu sou o grande herdeiro, eu que devia estar defendendo elas e tenho que me esconde!

- Calma Mush! -Bruno disse tentando acalmar o leão.

Celeno olhou para o dragão e fez um sinal para ele ir atrás dos fujões.

- Não! -Gritou Lana indo em direção ao dragão.

Ocipite apareceu na frente dela em um segundo.

- Eu mencionei que sou extremamente rápida? Eu acho que não!

Ocipite abriu as asas e lançou penas de água contra Lana, que criou uma parede de água e fez desaparecer as penas. E assim a luta começou, de um lado Stene, Lana, Nami e Misa, e do outro Celeno, Ocipite e Aelo.

Mush e os outros entraram numa caverna, mas o dragão continuava atrás deles e tentava de tudo para entrar na caverna, ele colocava a pata superior para dentro, batia com a cauda nas paredes externas da caverna, e como conseqüência fazia alguns estalactites caírem bem perto dos três, eles estavam encostados no fim da estreita caverna, todos um do lado do outro, uma estalactite pegou de raspão no braço de Mush, fazendo um corte profundo, fazendo ele rugir e cair mais um tanto de estalactites, do lado de fora o dragão tentava de tudo para entrar, quando percebeu que não ia conseguir ele soltou uma rajada de fogo para dentro da caverna, quando viram aquele fogo entrando, os três fecharam os olhos pensando que era o fim, quando eles abriram os olhos, viram uma parede de fogo sugando o fogo do dragão e atrás dessa parede tinha um leão com a juba pegando fogo, nas patas haviam jatinhos de fogos parecendo luvas, e na ponta da cauda do leão uma chama. Bruno olhou para o seu braço esquerdo e viu que estava brilhando, ele olhou para o leão e gritou.

- Mush! -Ele correu para perto do leão.

Quando ele olhou, Mush tinha os olhos muito vermelhos.

- Obrigado!

- Nós que temos que agradecer Mush, se não fosse você nós estaríamos mortos agora!

- Bruno tem razão, obrigada Mush! -Agradeceu Paula.

O fogo do dragão e da parede haviam desaparecidos, Mush olhou para frente e rugiu com toda a força, e da boca de Mush uma rajada de fogo saiu e atingiu o dragão o queimando inteiro. Todos pararam de lutar e olharam o dragão morto e queimado, olharam para a caverna e de lá saiu o novo Mush de fogo seguido de Bruno e Paula. Mush não tirava os olhos das três Harpias, que estavam sobrevoando o céu, as três lançaram suas penas contra Mush, ele rugiu e novamente a rajada de sua boca saiu e queimaram todas as penas (tirando a de água, que somente perdeu a força e virou uma pena comum), Mush fincou suas enormes garras no chão e um rio de lava saiu do subterrâneo sugando as três irmãs para dentro da terra.

- Elas não incomodaram mais ninguém, estão sobre a vigília dos meus fogos!

- Parabéns Mush! Rei dos rios de lava! -Gritaram todos os felinos.

Bruno olhou para a sua mão e viu no lugar da pata uma chama de fogo vermelha.

- Vamos continuar o caminho, mas não vamos voltar a nossa forma, dessa vez vai ser mais difícil, devemos estar prontos pra tudo e pra todos! -Ordenou Mush, que estava muito feliz por estar com seu poder descoberto.

A caminhada começou e agora era só esperar o próximo combate!

10

A guerreira do mal.

Como Mush e os outros previam, muitos perigos apareceram durante a subida na montanha do horror, varias batalhas com dragões, cães de três cabeças, cobras gigantes e outras criaturas aconteceram, mas nenhuma derrota do lado dos nossos amigos. A montanha de vista parecia não ser tão grande, mas pára eles parecia que estavam subindo há vários dias, por ser sempre noite, não sabiam se estava dia ou realmente noite, mas como estavam extremamente cansados, resolveram acampar, mas sempre ficando um humano e um felino de guarda.

Assim que acordaram retomaram a caminhada, nesse dia não teve nenhuma batalha, levaram o dia inteiro para chegar aonde queriam, no castelo.

Ele ficava no pico da montanha, o lugar era o mais escuro, cercado de nuvens negras, soltando vários raios vermelhos para o castelo, era um verdadeiro castelo assombrado, o castelo era enorme, com as muralhas negras cobertas por musgo, a porta de entrada era do tamanho de um pinheiro, feita de uma madeira muito rara, só encontrada ali em Magnus, era de uma cor marrom escura envernizada, a maçaneta era feita de um ouro puro, quando relampeava, a maçaneta brilhava intensamente.

Eles estavam de frente à grande porta, caminharam até bem perto, quando esta se abriu e uma criatura saiu, como estava escura não dava para ver muito bem, mas umas tochas que estavam apagadas se acenderam e então a criatura misteriosa se revelou, ela era pequena, tinha muitos pelos que parecia uma bola de pelo branco, tinha os olhos pretos, mas com a luz ficava vermelho, a criatura olhava para todos de cima a baixo, como se tivesse analisando um por um.

- Há quanto tempo... Bel! -Murmurou Lana.

- Como sabe o meu nome? -Perguntou Bel.

- Por que você um dia foi uma de nós! -Lana respondeu.

- Você não se lembra de nós? -Mush perguntou.

- Claro que lembro! Vocês são as criaturas que vão morrer esta noite! -A gata respondeu, como alguém que tira vantagem.

- Aé? E quem vai nos matar? -Bruno falou preparando o arco e a flecha.

- Bruno, não! Não esqueça que ela é minha parceira! -Gritou Paula muito aflita.

- Parceira? Que parceira? -Bel perguntou com uma cara de duvida.

- Sim Bel, você não quem você pensa que é. Você é uma de nós, você foi levada para o lado do mal, mas você não é má, você é boa e muito boa você é a parceira da Paula nessa luta contra o mal! -Respondeu o grande leão.

- Eu não sei do que vocês estão falando, eu sou Bel a guerreira do mal, e vim aqui para matar todos vocês!

Assim que ela terminou de falar, um trovão soou no céu, Bel ficou com os olhos alaranjados da cor de fogo, uma nevoa negra cobriu a gata, ninguém conseguia ver o que estava acontecendo, Stene criou um redemoinho e lançou na nevoa, fazendo a nevoa desaparecer e uma nova Bel aparecer. Ela era do tamanho de um cavalo, ao invés de uma gata era uma pantera negra, com os olhos vermelhos, garras e presas afiadas e o mais impressionante, ela tinha asas, com penas negras e vermelhas.

Ela se empinou para trás e caiu com as duas patas da frente na terra a fazendo tremer, todos caíram no chão, mas já se reergueram e ficaram prontos para lutar. Stene foi a primeira a atacar, ela pegou auxilio nas nuvens que estavam rodando o castelo, ela as uniu e formou um enorme furacão, ela o lançou para que atacasse Bel, mas Bel foi mais ágil e mostrou um de seus poderes, ela construiu um furacão três vezes maior que o de Stene, o enorme furacão foi para cima da pantera e a prendeu dentro de seus ventos, levando com ela Gabriela. Misa foi à próxima, ela uniu os raios e criou uma bola de energia do tamanho do furacão de Stene, Bel novamente fez uma bola de energia muito maior que engoliu a bola de energia de Misa, Misa e Nati, Nami estava totalmente impressionada, mas não perdeu o “fio da meada” e foi logo atacar Bel, ela fincou suas garras na terra e varias raízes surgiram e foram para cima de Bel para prendê-la, e novamente a gata se deu bem, ela fincou suas enormes garras na terra e uma enorme planta carnívora surgiu, muito maior que a planta que engoliu Mira a vampira, a planta abriu a boca e engoliu as raízes de Nami, e prendeu Nami e Carol em suas enormes folhas. Paula estava desesperada ao ver o que estavam tentando fazer com sua parceira e muito mais impressionada com o que sua parceira estava fazendo com seus amigos, Lana fez um ciclone de água na terra, mas Bel novamente conseguiu se dar bem, ela criou uma bola imensa de água e prendeu Lana dentro dela, e a planta carnívora capturou Becca, com Mush não foi diferente, ele fez uma bola de fogo, mas Bel fez uma maior ainda e prendeu Mush em sua bola e prendeu Bruno com a planta carnívora.

- Eu estou muito, mas muito decepcionada com vocês! -Ela gritou.

- Os deixe em paz Bel! -Paula gritou.

- E por que eu faria isto? Só se eu fosse louca, mas como eu não sou, vou acabar com todos! -Gritou Bel.

Ela uniu todos na ponta de um penhasco, somente Paula que não, porque ela conseguiu se esconder.

- Esse é o fim dos herdeiros e o começo da nova terra de Magnus! -A gata gritou, logo após ela abriu a boca e de dentro da boca uma bola branca foi surgindo, seria a rajada de algo muito forte, algo que seria o fim para os verdadeiros herdeiros.

Paula saiu correndo de onde estava escondida e se, pois na frente de seus amigos e recebeu sozinha toda a carga da bola de energia, a fazendo cair no chão desacordada, todos correram para socorrê-la, mas parecia ser tarde demais, eles tentavam de tudo para acordá-la, mas nada adiantava, enquanto isso os felinos atacavam Bel com todas as forças. Os humanos estavam muito aflitos, mas não perdiam as esperanças, de repente o braço esquerdo de Paula brilhou intensamente e do brilho uma cobra enrolou o seu braço, a mesma cobra que enrolou nos braços dos outros, e no final estava uma pata de gato prateada.

- Com a bola de energia que ela recebeu, o poder venho junto! -Falou Gabriela.

E era isto mesmo, o poder estava com Paula, ela acordou e viu todos atacando Bel, tentava de tudo para não deixar, mas ninguém a deixava sair dali, novamente Bel os cercou, desta vez todos juntos e a mesma bola branca surgiu, quando ela foi atingir as crianças, seus braços brilharam, Paula estava ajoelhada na frente de todos, as crianças apontaram seus braços para Paula, e de cada um saiu uma luz de uma cor diferente .a mesma cor da tatuagem, a luz atingiu Paula, fazendo seu braço brilhar mais forte, ela apontou seu braço para Bel e a rajada de luz branca de sua mão se chocou com a bola branca de Bel, foi uma luta difícil, de pouco em pouco a luz de Paula ia ganhando, mas a luz de Bel também, e então os felinos lançaram forças para Paula, e com esse novo poder Paula se ergueu do chão e lançou uma enorme luz para Bel a cobrindo inteira, quando a luz acabou, Bel era novamente a gata persa branca.

- Amigos, o que aconteceu?

- É uma longa historia Bel, logo contaremos para você! -Falou Mush. – Bel, essa é Paula, sua parceira!

Bel e Paula se abraçaram e todos foram cumprimentar a gata.

Paula olhou para sua mão esquerda e lá tinha uma pétala de uma flor de prata, todos respiraram fundo e entraram pelas portas do castelo.

11

A mãe do universo.

O castelo era muito mais assustador e escuro por dentro do que eles podiam imaginar, só não se tornava totalmente escuro por causa das tochas que queimavam por onde eles passavam e clareava o local. Os felinos estavam na forma de ataque (ex: Mush o leão de fogo), eles iam à frente das crianças para protegê-las se fosse preciso, finalmente todos estavam unidos e com seus poderes manifestados.

Já haviam caminhado uma boa parte do castelo e nenhum perigo havia se manifestado, somente alguns alarmes falsos que para eles era um alivio. Entraram num corredor enorme, um pouco iluminado e muito sombrio, havia várias portas de ambos os lados do corredor, as crianças entravam em cada porta que aparecia, mas todas as salas eram iguais, não havia nada nelas, somente um enorme tapete que cobria por inteiro o chão da sala, eram varias portas, o que já estava ficando cansativo, até que chegaram à penúltima porta, abriram e perceberam algo diferente em relação com todas as outras salas, ali havia além do enorme tapete uma enorme estátua, era do tamanho de um cavalo, tinha penas, as patas traseiras era de cavalo e as dianteiras de ave, tinha bico e enormes asas, era um enorme hipogrifo. As crianças ficaram encantadas com a estatua e então perceberam que atrás da estatua havia uma porta, eles foram passar pelo hipogrifo, quando uma das asas do grande animal tampou a passagem, eles olharam para a estatua e então viram que a estatua já não era mais uma estatua, era um perigosíssimo hipogrifo real. O hipogrifo soltou um pio ensurdecedor que fez tremer todo o chão da sala, os felinos foram para cima dele, atacando com seus poderes, Mush com o fogo, Lana com a água, Stene com o vento, Nami com a terra e Misa com os raios, somente Bel que não foi para o ataque, pois não tinha poderes para atacar, pelo menos isso era o que ela pensava. As crianças voltaram para a porta em que entraram e ficaram ali olhando a luta. Todos atacavam a enorme criatura, mas não conseguiam nada, os ataques não atingiam o hipogrifo, pois ele com a ajuda das asas formava uma enorme ventania que fazia os ataques deles não fazerem efeitos, Bel não agüentou ver o que estava acontecendo e foi para frente da guerra, Paula tentou segura-la, mas não conseguiu, ela ficou frente a frente com a criatura do mal, a criatura armou as garras e as lançou para cima da gata, quando as garras estavam prestes a atingir Bel, uma luz a encobriu e essa mesma luz teve força suficiente para lançar a criatura na parede. Quando todos olharam de volta, Bel tinha se transformado numa criatura muito parecida com a criatura que eles enfrentaram, ela era uma leoa branca do tamanho de um cavalo, tinha os olhos amarelos como o sol, e continha duas asas enormes, com penas brancas e amarelas. Bel soltou um enorme rugido e foi pra cima do hipogrifo, ele voou e soltou uma enorme rajada de vento pra cima de Bel, ela lançou um feroz ciclone de água que apagou o vento, o hipogrifo tentou novamente, Bel desviou da rajada e lançou outra rajada de vento muito maior, ela olhou fixamente para o hipogrifo.

- Volte a ser o que era! Ela gritou.

Os olhos de Bel ficaram brancos e uma luz cobriu o hipogrifo, quando a luz acabou, o hipogrifo estava petrificado, Bel voltou a ser a gata de sempre, mas agora com grandes poderes.

- Eu falei a vocês que Bel era a mais poderosa de todos nós! -Exclamou Mush. – Ela tem todos os nossos poderes, além de ter o poder da cura.

- Estou muito mais confiante agora! -Respondeu Bel.

- Tenho certeza que sim, mãe do universo! -Falou Mush para a gata.

- Bom pessoal, vamos em frente! -Ordenou Bruno.

Eles foram a caminho da outra porta, chegaram à outra sala, totalmente vazia e totalmente clara, mas cheia de mistérios.

12

Teste de força.

A sala era duas vezes maior do que a sala anterior, a sala da estatua, tinha grandes arquibancadas, o que fazia parecer ser um lugar onde aconteciam grandes batalhas e a população podia assistir, havia um circulo no meio da sala, o lugar onde acontecia as lutas, as crianças se posicionaram uma ao lado da outra, o mesmo fez os felinos. Todos observaram bem a sala e viram outra porta do outro lado, eles caminharam em direção a ela, mas quando chegaram ao circulo do centro da sala, um terremoto aconteceu e então uma grande ventania os atingiu fazendo eles voltarem da onde saíram, tentaram novamente e a mesma coisa aconteceu, tentaram e tentaram e sempre a mesma coisa acontecia.

- Não adianta pessoal, essa sala foi programada para não deixar ninguém atravessá-la! -Falou Mush.

- E não tem nenhuma maneira de passar? -Perguntou Gabi.

- Ter tem, mas vai ser complicada! -Começou Bel. – Essa sala é uma sala para medir a força, vários obstáculos aparecerão e cada um de nós tem que derrotá-los para poder passar para o outro lado!

- E por que essa sala foi construída? -Perguntou Bruno.

- Porque a próxima sala é a sala onde se encontra os herdeiros, é como se fosse à sala do trono e com essa sala aqui eles vêem qual é a capacidade do adversário, para eles terem mais força para ganhar, vários já tentaram derrotar os herdeiros, mas por causa dessa sala eles sempre perderam!

- E como você sabe disso tudo, você não tinha se esquecido do que sabia sobre eles? -Perguntou Paula.

- Com a transformação na sala anterior eu acabei me lembrando de tudo o que passei aqui, de tudo o que sei, de tudo que conheço sobre esse castelo e sobre os herdeiros! -Respondeu Bel.

- Então vamos ao ataque! -Ordenou Mush.

- Mas Mush, Bel disse que lutando eles vão descobrir nosso potencial! -Falou Bruno.

- Mas esse é único jeito de passarmos e vencermos essa batalha, Bel muitos fracassaram?

- Na verdade não foram muitos que passaram para a outra sala, agora me lembrei, essa sala é mágica, mas não sei o que exatamente acontece aqui dentro!

- Só iremos descobrir se tentarmos! -Falou Mush.

E assim todos caminharam novamente para o circulo e a mesma coisa ocorreu, o terremoto, depois a ventania e depois o retorno.

- Não adianta, não iremos conseguir! -Falou Becca.

- Bel disse que essa sala é mágica, então isso está acontecendo por causa de magia! -Começou Mush. – Primeiro o terremoto e depois a ventania, a terra e o vento juntos! -Mush disse olhando para Stene e Nami. – Já sabem o que fazer!

- Pode deixar conosco! -Falaram as duas juntas.

Stene e Nami foram para o circulo, o terremoto começou, Nami fincou suas garras no chão de piso, fazendo o terremoto parar, logo após a ventania começou e Stene a absorveu com um enorme furação. As duas passaram para o outro lado e uma bola de vento cercou Gabi e Carol as fazendo ir para o outro lado também.

As outras crianças foram a pé a caminho do circulo, quando chegaram ao circulo um ciclone inundou o local e vários raios atingiram a água, eles foram obrigados a voltar para a porta. Lana e Misa já sabiam o que fazer, elas foram para o circulo e novamente tudo aconteceu, Lana pulou na água e a absorveu e Misa lançou raios com a cauda para os outros fazendo um curto circuito, elas passaram para o outro lado e a mesma bola de vento cercou Becca e Nati e as levou para junto dos outros. Os que sobraram tentaram novamente e quando chegaram ao circulo, uma rajada de fogo e raios foi lançada contra eles, Mush criou uma enorme parede de fogo e absorveu o fogo e Bel se transformou na enorme criatura e absorveu os raios, finalmente todos chegaram ao outro lado e caminharam para a porta.

- Até que não foi muito difícil, na verdade foi muito fácil! -Falou Bruno.

- Acho que não acabou! -Falou Bel.

Bruno virou a maçaneta, abriu a porta e uma enorme luz os atingiu e obrigou a todos fechar os olhos, quando abriram os olhos estavam na mesma sala e no mesmo lado em que começaram tudo.

- Não é possível, nós voltamos ao inicio, por quê? -Perguntou Carol.

- Porque os herdeiros não querem saber o potencial de cada um, e sim o potencial da equipe! -Falou Mush.

- Quer dizer que temos que lutar todos juntos? -Perguntou Nami.

Mush balançou com a cabeça em sinal positivo.

- Almas das florestas ao ataque! -O leão ordenou.

Os seis felinos poderosos entraram juntos no circulo central da sala, eles olharam para todos os lados e nenhum sinal de ataque, foram mais um passo adiante, quando cinco anjas apareceram na frente deles, todas as cincos de olhos fechados, com vestido branco e flutuando.

- Fogo, terra, água, ar e raio! -Falou Mush.

Ele estava correto, a dama do fogo tinha os cabelos e as asas chamuscando em chamas, dama da terra tinha cabelos verdes com alguns galhos e folhas saindo da cabeça e formando uma coroa e asas verdes, a dama da água tinha o cabelo azul e dois chifres em ambos os lados da cabeça, também azul, assim como as asas, dama do ar tinha o cabelo e asas brancas e a dama dos raios tinha o cabelo e as asas amarelas como um fortíssimo raio, todas elas de cabelos longos e esvoaçantes no ar.

- Cada um ataque a dama de seu mesmo poder, Bel entre na batalha quando for necessário!

- Claro Mush!

E assim começou, Mush contra a dama do fogo, Lana com a dama da água, Stene com a do ar, Nami com a da terra e Misa com a dos raios. Os felinos atacavam as damas, e o mesmo elas faziam, mas nada acontecia, cada ataque que se encontrava com o ataque oposto se unia e sumia, era sempre a mesma situação. Bel entrou na batalha e atacou as cinco damas ao mesmo tempo, as damas reagiram e o mesmo aconteceu, um ataque anulou o outro. As almas da floresta pararam de lutar se saíram do circulo, automaticamente as damas sumiram.

- Nós estamos fazendo errado, não devemos atacar as damas com o nosso mesmo poder, mas sim as damas com poderes contrario ao nosso! -Falou Mush.

Eles voltaram para o circulo e as damas reapareceram, dessa vez com os olhos abertos, cada uma tinha os olhos da mesma cor de seus cabelos.

- Vamos mudar a ordem, Nami lute contra a dama dos raios, Misa lute contra a dama da água, Bel lute contra a da terra, Stene e Lana se unam e lutem contra a do fogo, eu lutarei contra o vento! Ordenou Mush.

Depois de estarem posicionados o combate recomeçou, a dama dos raios lançou grandes descargas elétricas contra Nami, ela reagiu e criou uma parede de terra, logo após Nami prendeu a dama com cipós que saiam do chão, a dama do raio eletrocutou os cipós que por sua vez atingiram Nami, a tigresa branca agüentou os raios e então atacou a dama com algumas folhas navalhas, as folhas fincaram na dama, que logo após explodiu. Começou a vez de Misa, ela não esperou nenhum um movimento da dama da água e a atingiu com uma forte descarga elétrica que fez a dama da água evaporar, a dama da terra lançou galhos em direção a Bel, a enorme criatura lançou uma rajada de fogo contra a dama que queimou completamente, a dama do fogo uniu as duas mãos e lançou uma rajada de fogo contra Stene e Lana, as duas uniram os poderes e lançaram contra a rajada, que sumiu automaticamente, o ataque das duas atingiu a dama do fogo que fez a dama sumir, Mush foi outro que não deixou a dama do vento nem se mexer para atacar, ele logo lançou bolas de fogo contra ela que logo evaporou, mas ela novamente apareceu, ela atacou Mush, mas Stene interferiu e sugou toda a ventania da dama do vento, que ficou sem nenhum poder e desapareceu completamente.

Todos passaram o circulo e ficaram a frente da porta.

- Espero que desta vez dê certo! -Falou Bruno virando a maçaneta.

A porta abriu e uma nova sala apareceu, a sala era totalmente escura, com apenas algumas faíscas de luz, a sala só ficou totalmente clara quando Mush, Misa e Bel cresceram seus poderes, todos finalmente puderam ver, era uma sala muito maior que a sala de testes, estava completamente vazia e do outro lado da sala haviam seis tronos virados de costas para eles, logo notaram que era a sala do trono que Bel havia falado, os tronos viraram para eles e os seis herdeiros apareceram, eles levantaram dos tronos e ficaram lado a lado um do outro.

- Impossível, não pode ser verdade! -Exclamou Rebecca abismada.

- Eles são idênticos! -Exclamou Gabriela boquiaberta.

- Eles têm a capacidade de se transformarem na imagem de seus piores inimigos, no caso vocês! -Respondeu Bel.

Cada um dos seis herdeiros da criatura tinha a imagem perfeita, tanto cabelo, roupa, tamanho, cor dos olhos, das crianças que eram aliadas aos felinos, no caso, havia um menino e cinco meninas.

- Parabéns, venceram todos os obstáculos e ainda levaram uma forte aliada nossa para o lado de vocês, devo mesmo dar os parabéns! -Parabenizou o herdeiro que se parecia com o Bruno.

- Não foi tão difícil, graças a vocês conseguimos despertar nossos poderes! -Falou Mush.

- Esse foi um erro irreparável! -Falou a herdeira parecida com Becca.

- Mas isso não importa mais número dois! -Falou o herdeiro parecido com Bruno.

- Número dois? -Perguntou Bruno.

- É assim que eles se tratam, por números, nunca entendi o porquê! -Respondeu Bel.

- No caso, o que se parece comigo é o um, com a Becca o dois, com a Gabi a três, com a Carol quatro, com a Nati cinco e com a Paula seis?

- Isso mesmo Bruno! -Gritou o herdeiro que se parecia com ele. - Mas chega de conversa, ta na hora do fim.

13

Fim

- Como assim chegou a hora do fim? -Perguntou Bruno.

- Quis dizer que chegou a hora de vocês, intrometidos saírem de nossos caminhos, não agüento mais vê vocês interferindo em nossos planos, Magnus é nossa e ninguém irá toma-la de nós! -Falou completamente irritado a sósia de Bruno.

- Magnus não é e nunca foi de vocês, eu acho que os intrometidos aqui não somos nós e sim vocês, vocês tomaram Magnus dos verdadeiros donos! -Retrucou Bruno. – Vocês devem sair e entregar Magnus!

- Isso nunca irá acontecer! -A sósia de Bruno gritou.

- Então vocês estão obrigando a gente fazer algo que não queremos!

- E o que seria isso exatamente Bruno?

- O fim de vocês!

- Você acha mesmo que pode nos derrotar?

- Eu não acho, tenho certeza!

- Então vamos ver de quem será o fim!

Houve um longo momento de silencio, os dois grupos rivais não paravam de trocar olhares. Bruno e os outros se reuniram para ouvir o que Mush falaria, os rivais não mexeram um único músculo.

- E então Mush, o que faremos?

- É Bruno, graças a você e a sua impaciência, nós teremos que enfrentá-los, pode ser um combate mortal!

- Me desculpe Mush, mas é que eu não agüentei o que aquele cara falou sobre Magnus!

- A gente entende Bru! -Falou Gabriela.

- Gabriela você está doente? -Perguntou Becca colocando a mão na testa de Gabriela.

- Não, por quê?

- Porque você defendeu o Bruno!

Todos deram uma grande gargalhada, enquanto Gabriela estava com a maior cara de “Me poupe”.

- Podemos saber qual é a graça? -Perguntou a sósia de Bruno, mas ninguém deu atenção, o que o deixou muito mais furioso.

- E então o que iremos fazer? -Perguntou Becca.

- Enfrentá-los é claro! -Respondeu o grande leão.

- Mas será que temos chance? -Perguntou Carol.

- Se nos unirmos, tenho certeza que sim! -Respondeu Nami.

- Já chega de falatório, já decidiram o que vão fazer? -Perguntou numero um. – É claro que irão se entregar não é?

- Não conte com isso! -Respondeu Bruno.

- Bruno se acalme, iremos para um confronto, um confronto até o fim! -Respondeu Mush para numero um.

- Péssima escolha! -Começou o numero um. – Mas já que escolheram, iremos até o fim, até o fim de vocês!

- Isso é o que veremos! -Respondeu Bruno.

Numero um olhou para os seus aliados e fez sinal de sim com a cabeça, eles foram para frente em direção aos herdeiros do bem, somente numero um ficou para trás observando tudo.

- Bel fique aqui, se numero um vier para a batalha, vá para a batalha também! -Ordenou Mush, Bel fez que sim com a cabeça.

Os herdeiros do bem foram para frente também, em direção aos herdeiros do mal, ficaram frente a frente, as cinco meninas e os cinco felinos, as meninas estavam nem séria e nem felizes, estavam com a face neutra.

- Estão esperando o que, um convite especial? -Gritou numero um.

Assim que ele disse isso, as cinco meninas ficaram com os olhos negros e então as cinco flutuaram e logo em seguida cada uma criou uma bola de poder na mão esquerda, cada uma com um poder diferente, coincidentemente os poderes dos felinos (fogo, terra, água, ar e raio).

- Agora me lembrei de mais uma coisa! -Começou a falar Bel assustada. – Com a sala de testes, os herdeiros da criatura alem de se assemelharem fisicamente eles se assemelham internamente!

- Quer dizer que eles também possuem os poderes dos nossos amigos? -Perguntou Gabi.

- Exatamente, mas...

- Mas? -Perguntou Becca.

- Mas além de terem o mesmo poder, eles o multiplicam, fazendo ficar muito mais forte do que seus oponentes.

Todos olharam para os felinos, para as meninas e para as bolas na mão delas.

- Cuidado! -Rebecca gritou.

Os felinos olharam para Becca, as meninas do mal aproveitaram esse momento de distração e atacaram os cinco felinos, os fazendo voar pelo ar e cair perto dos humanos, todos foram acudir, as cinco meninas do mal voltaram ao chão e ficaram paradas como estatuas.

- Mush você está bem? -Perguntou Bruno aflito.

- Eu não tenho certeza, elas são muito mais forte que a gente, nós não podemos voltar ao combate.

- Podem sim! -Falou Bel.

A gata deu um grande miado e de dentro de sua boca saiu uma pequena luz branca, essa luz se espalhou pelos corpos dos felinos e todos foram curados e já voltaram a ficar frente a frente das meninas, elas fizeram um movimento com os braços para trás e asas surgiram em suas costas e mudaram suas imagens, elas voaram e começaram a lançar seus poderes contra os felinos, que fizeram o mesmo para se defender e uma batalha começou.

- Essa é a verdadeira forma delas!

- Mas como pode ser Bruno, elas são iguais as damas da sala anterior! -Gritou Becca.

- É devo parabenizar você Bruno, descobriu a verdadeira forma de minhas irmãs! -Falou numero um.

Nesse momento Bruno se lembrou de que Bel disse a eles “eles se assemelham internamente!”.

- Não, essa não é a verdadeira forma delas, eu me enganei! -Começou Bruno. – Elas não teriam poder, por que vocês se assemelham ao seu rival.

- É Bruno, você é verdadeiro líder! -Falou numero um.

- E você é um verdadeiro mau caráter. -Ele respondeu.

As meninas do mal, que tinham a forma das damas da sala de testes, atacaram novamente os felinos, os ferindo gravemente e novamente Bel os curou.

- Eu tinha me esquecido que você podia curar! -Falou numero um.

- É, mas eu não me esqueci que foi por isso que você me levou para o mal!

- O que exatamente você lembra de quando você era do mal?

- Exatamente de tudo!

- Então você lembra de que...! -Nesse memento numero um fez o mesmo movimento com os braços que as meninas fizeram e asas surgiram, ele voou em direção a gata e a segurou contra a parede pelo pescoço a enforcando. - ... Eu odeio traidores!

- E você... Lembra muito bem... De que... Eu sempre odiei... O...! -Bel disse com muita dificuldade. - ... Mal! -Nesse momento ela virou a leoa gigante, sua outra imagem e com as patas traseiras ela chutou numero um para longe, numero um se juntou a suas irmãs.

Os herdeiros do mal, com numero um no meio e os felinos com Bel no meio, ficaram frente a frente.

- Ataquem! -Numero um ordenou.

Eles flutuaram e lançaram rajadas de energia contra os felinos, que não suportaram a pressão e novamente foram lançados para longe machucados e novamente Bel conseguiu curar.

- Mas assim não dá, como iremos ganhar de vocês com essa leoa com poder de cura! -Gritou numero um.

As crianças se juntaram aos felinos.

- Não está funcionando Mush!

- Eu sei Bruno, mas eu tenho um plano, mas vamos precisar da ajuda de vocês!

- O que precisar! -Falou todos juntos.

- O plano é o seguinte, nós iremos usar todo nosso poder para criar uma parede de energia, mas essa parede irá durar alguns segundos, é tempo suficiente para vocês humanos entrarem em ação!

- O que devemos fazer? -Perguntou Bruno.

- Deixa ele terminar de falar Bruno! -Falou Gabi.

- Assim que a parede surgir, cada um de vocês lancem uma flecha em direção aos herdeiros, diretamente no coração!

- Deixe com a gente Mush, não iremos decepcionar! -Falou Bruno.

Os felinos ficaram novamente em frente aos herdeiros do mal.

- Vamos acabar com isso de uma vez! -Falou numero um.

- Vamos!- Falou Mush. – Agora! -Ele gritou.

Os felinos usaram todos os seus poderes e criaram à parede de energia, os humanos lançaram as flechas em direção a parede, do outro lado os herdeiros da criatura estavam prontos para atacar, quando a parede começou a sumir eles criaram a bola de energia na mão esquerda e de repente flechas atravessaram a parede em direção a eles, os herdeiros da criatura tentaram se esquivar, mas já era tarde, as seis flechas atingiram em cheio os seis corações das criaturas do mal, fazendo eles caírem de joelhos no chão.

- Você acertou em cheio numero um, esse é o fim!

- Não Mush, isso é apenas o começo! -Numero um disse.

Todas as criaturas do mal tiraram a flecha de seus corações com muita dificuldade, quando as flechas saíram por completo, uma luz os cercou e ela foi aumentando aos poucos, quando terminou a luz uma enorme criatura apareceu.

- Um dragão! -Gritou Carol e Nati.

- Não é um dragão qualquer, mais sim um dragão de seis cabeças! -Gritou Gabi e Becca.

- Os seis herdeiros se uniram e viraram esse monstro! -Falou Mush.

- Eu menti Mush, esse é o fim! -Falou à cabeça que deveria ser do numero um.

As seis cabeças lançaram seus poderes. que se uniram e se tornaram uma enorme bola de energia negra que representava o mal, as cabeças da direita para a esquerda, raio, vento, fogo, fogo, água e terra, a bola de energia foi na direção dos felinos e das crianças, mas foi muito devagar.

- Ele tinha razão, esse é o fim, o nosso fim! -Gritou Bruno.

As crianças se reuniram num canto, Bruno e Becca ficaram lado a lado, quando a bola chegou mais perto deles, os braços dos dois se uniram e brilharam com na vez que fizeram para salvar Lana, mas só brilhava e nada acontecia, mas o braço de Paula também brilhou.

- Rápido Paula una o seu braço com o nosso! -Becca gritou.

Paula uniu o braço com os deles, Mush, Lana e Bel brilharam intensamente e algo aconteceu. Mush voltou a ser um leão normal, mas com asas e grande do tamanho de Bel transformada em leoa, Lana se transformou em uma anja, com cabelos cor de ouro, olhos azuis, Bruno e Becca se entreolharam e viram que era a mesma anja e o mesmo leão que salvou Lana quando estava petrificada, Bel também se transformou numa anja de cabelos dourados como ouro, olhos verdes como esmeralda, estava com uma armadura branca com detalhes de todas as cores, o que parecia um arco-íris e em cada braço tinha uma luva branca que parecia ser de ceda e em cada luva havia uma asa branca, que era igual às asas que ela possuía em suas costas. Todos ficaram maravilhados com a transformação dos três, Lana subiu na garupa de Mush, Bel entrou na frente da grande bola de energia, ela uniu as mãos e logo em seguida os abriu e assim a enorme bola desapareceu, ninguém entendeu como isso aconteceu, ela somente desapareceu.

- Agora é com a gente Mush! -Lana falou.

Mush flutuou para cima e bateu as asas lançando enormes penas que se uniram como um quebra-cabeça e se tornaram em uma grande parede, Lana pegou uma flecha e lançou na parede, a flecha se uniu com as penas e logo em seguida a parede explodiu, lançando as penas no enorme dragão, que em seguida também explodiu!

- Como isso aconteceu? -Perguntou Bruno.

- A ponta da flecha se dividiu e se uniu com todas as pontas das penas, que a fez fincar e estourar o dragão! -Respondeu Lana.

- Que mágico! -Falou Bruno.

- Então você mesma se salvou Lana?

- Não Becca, eu nunca imaginei em me tornar assim, mas essa forma que eu, Mush e Bel possuímos é por causa do amor de vocês, aquele dia você queria me salvar, e hoje vocês quiseram salvar a todos nós!

- Então nosso amor e nossa preocupação os transformaram nessas criaturas mágicas?

- Exatamente Rebecca! -Falou Mush

Todos ficaram muito felizes e todos os felinos voltaram a ser felinos normais, sem a forma deles com poderes.

- Pensando bem numero um tinha razão!

- Como assim Bruno? -Perguntou Rebecca.

- Esse foi o fim!

Todos deram risada.

14

Adeus ao país dos sonhos

- Finalmente tudo acabou! -Falou Lana.

- Vocês perceberam? -Começou Bruno. – Nós não perdemos nenhuma batalha e também ganhamos a guerra.

- E isso só aconteceu porque o espírito da terra de Magnus estava ao nosso favor. -Falou Mush. – De agora em diante só paz.

- Assim espero... -Começou Bel, mas foi interrompida por um terremoto.

- Devemos sai daqui agora, o castelo vai desmoronar! -Gritou Stene.

Todos saíram às pressas de lá, o castelo ia caindo aos poucos, assim que chegaram fora do castelo, ele desmoronou por inteiro, todos desceram a montanha.

- Bel, o que você quis dizer com “Assim espero”? -Perguntou Stene.

- Porque eu acho que não estamos livres ainda, Magnus ainda está na mira deles!

- Deles quem? -Perguntou Nami.

- Dos herdeiros da criatura!

- Mas Bel, nós acabamos de derrotá-los! -Falou Mush.

- Eles sim, mas os outros não!

- Você ta querendo dizer que há mais herdeiros? -Perguntou Bruno.

- Sim, numero um e numero dois tiveram dois filhos, dois filhos gêmeos, as crianças foram levadas para uma terra bem longe daqui, para aprenderem tudo o que devem saber! -Falou a gata.

- Mas isso é uma heresia, dois irmãos terem filhos! -Falou Becca.

- Aqui eles não se importam com isso, para eles o importante é progredir com a família da criatura! -Falou Bel.

- Mas voltando ao assunto, quer dizer que os gêmeos irão voltar pra acaba com a paz de Magnus? -Perguntou Mush.

- Provavelmente! -Respondeu Bel.

- E que terra é essa? -Perguntou Bruno.

- Isso eu não sei exatamente, a única coisa que sei é que é uma terra com grandes criaturas, o que eu fiquei sabendo é que lá existem criaturas muito mais poderosas da criatura que apareceu em Magnus, criaturas muito mais frias que ela!

- E pode ser mais frio que essas criaturas?

- Eu não sei dizer Bruno, só sei dizer que elas são más! -Falou Bel.

- Por que você nunca disse isso pra nós? -Perguntou Bruno para Mush.

- Porque eu não sabia, sinceramente! -O leão respondeu. – Mas vamos mudar de assunto, felinos, vamos arrumar Magnus!

Eles começaram a se mexer imediatamente, quem mais teve trabalho foi Nami, ela tinha que arrumar toda a terra destruída, mas não teve muito problema com isso, pouco tempo depois Magnus estava totalmente mudado, onde era deserto virou uma grande e linda floresta com grande diversidade de arvores, frutos e flores e onde a terra era rachada virou rios e mares, enfim, Magnus voltou a ser o que era, e o castelo da criatura? Bom, ali virou um enorme castelo que ficou conhecido como castelo central, seria onde os soberanos de Magnus se reuniriam. De todos os lados apareceram criaturas mitológicas que foram se instalando em Magnus, e até mesmo os que estavam escondidos na floresta.

- Bom, agora que Magnus voltou a ser essa terra magnífica, o que vai acontecer com vocês? -Perguntou Becca.

- Formaremos duplas e cada dupla cuidará de uma região de Magnus! -Começou Mush. – Lana e Nami cuidaram da parte sul, Stene e Misa da parte oeste e eu e Bel da parte leste!

- E a parte norte? -Perguntou Gabi.

- Essa parte será cuidada por todos nós, pois a parte norte é aqui onde estamos agora, é onde fica o castelo central!

- E nós ficaremos cuidando da onde? -Perguntou Bruno.

- Vocês? -Começou Mush. – Vocês voltarão à terra de onde vieram e quando precisarmos novamente de nossas metades humanas, com toda a certeza chamaremos vocês.

- Mush isso não pode, devemos ficar, se os gêmeos aparecerem? -Falou Bruno.

- Não se preocupem, eles demorarão a aparecer, tenho certeza e outra, aqui não é o mundo de vocês! -Exclamou Bel.

- Se tornou nosso mundo assim que começamos a lutar por ele! -Falou Paula.

- Paulinha está certa, aqui é nosso mundo! -Falou Becca.

- Não, aqui não é mundo de vocês! -Falou Lana.

- Pessoal, vamos parar, não vai adiantar discutir, eles estão com a decisão tomada, vamos aceita-la. -Falou Gabi.

- Está bem, como voltaremos? -Perguntou Bruno.

- Do mesmo jeito que chegaram! -Respondeu Lana.

- Aquela luz?

- Exatamente Becca.

- Bom, então vamos de uma vez! -Falou Bruno.

De todos os pares de olhos escorreram lagrimas de tristezas, todos se despediram e as crianças formaram um circulo, assim como os felinos que formaram um circulo em volta do circulo das crianças, todos fecharam os olhos e quando abriram estavam novamente na escola, com o uniforme e a mochila escolar do mesmo jeito que eles saíram de lá, eles olharam para todos os lados.

- Voltamos! -Falou Carol.

- Será que foi um sonho? -Perguntou Gabriela.

Bruno estava olhando para todos os lados pra vê se via Mush e os outros, até que ele colocou a mão no pescoço e sentiu uma coisa estranha por dentro da camiseta, ele tirou e viu o colar que eles pegaram na caverna da terra de Magnus.

- Magnus não foi um sonho, mais sim Magnus é o pais dos sonhos, e isso é a prova! -Bruno disse para as meninas mostrando o colar.

Elas rapidamente pegaram o colar e viram que era mesmo o colar com o pingente de pata de felino que eles haviam pegado na caverna.

- Ei, vamos fazer uma promessa entre nós? -Perguntou Gabi.

- Que tipo de promessa? -Perguntaram os outros.

- Que jamais iremos tirar esse colar do nosso pescoço, que ele alem de simbolizar a terra de Magnus irá simbolizar nossa amizade.

- Eu prometo! -Bruno disse prometendo e sendo o primeiro.

- Eu prometo! -Becca.

- Eu prometo! -Carol.

- Eu prometo! -Nati.

- Eu prometo! -Paula.

- Vocês querem chegar atrasados na aula? -Gritou a diretora com eles, era uma mulher esbelta, com cabelos longos, castanho escuro, tinha também os olhos castanhos escuro.

Eles foram em direção ao bloco da aula que tinham agora, quando chegaram à porta, Bruno olhou para trás, para o lugar de onde foram e voltaram de Magnus.

- Adeus, pais dos sonhos! Ele disse, e foi correndo para a sala.

Fim da primeira aventura!

Próxima aventura “ Magnus! O retorno! “